Controle de vassoura-de-bruxa

Abstract

Instituto Nacional de Pesquisas da Amaz:õnlo, Manau1As cascas do cacau, após a colheita são, na maioria das vezes, jogaJas fora em um lugar perto da plantação, onde são amontoadas para formação de composto (adubo orgânico). Esta técnica não oferece qualquer perigo em regiões onde não existem espécies nativas de Theobroma e, portanto, não há ocorrência de Crinipellis perniciosa (fungo patogênico que causa a vassoura-de-bruxa ou krulloten) . Entretanto. onde tais condições não existem, isto é onde se espera infecções por Crinipel/is, verifiquei que tal técnica causa um dano incalculá-vel, pois é um verdadeiro convite à infecção.Isso fará com que plantações experimentais percam seu valor e pode destruir as novas plantações.Numa exploração mlcológica que fiz nos arredores de Manaus, verifiquei que na estação da EMBRAPA, do Km 30, na estrada Manaus-570-ltacoatiara, tais montículos de cascas são co · locados a menos de 50 metros das plantações. Nessa excursão que fiz constatei que existem carpóforos de C. perniciosa (cujos espécimes estão depositados no INPA, Manaus) em quantidade apreciável nesses montículos, de onde uma enorme quantidade de e::.poros pode ser livremente transportada para as plantações, levada por correntes de ar, nas \ estimentas dos trabalhadores ou em seus instrumentos agrícolas.Sugiro fortemente que as cascas sejam queimadas (que é o melhor, se o tempo for seco) ou enterradas, tendo pelo menos 20cm de terra sobre a casca mais superficial, ou, se forem demorar a céu aberto por mais de uma semana, devem receber uma pulverizaçâo de fungicida. Todavia, um tal processo deveria ser repetido com freqüência e, portanto, poderá vir a ser economicamente proibitivo.ACTA AMAZONICA 7(4)