Avaliação da resposta à posição prona em pacientes acordados com COVID-19

Abstract

RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos agudos dos tipos de resposta à posição prona (PP) em pacientes acordados com COVID-19. Realizou-se um estudo prospectivo, unicêntrico, com 32 pacientes acordados com COVID-19, e com uso de oxigênio suplementar. A resposta à posição prona foi feita durante 30 minutos. Após o teste, os pacientes foram orientados a permanecer na PP diariamente, de acordo com a tolerância de cada um. As variáveis saturação de oxigênio (SpO2), frequência cardíaca, frequência respiratória, índice ROX e taxa de internação na unidade de terapia intensiva (UTI) foram registradas. Um total de 25 pacientes (78,1%) responderam à PP, sendo que 13 (40,6%) apresentaram resposta persistente e 12 (37,5%) transitória. Sete pacientes (21,9%) não responderam. Os pacientes com respostas persistente e transitória tiveram aumento da SpO2 (p<0,001) e do índice ROX (p=0,001 e p<0,001, respectivamente), e redução das frequências cardíaca (p=0,01 e p=0,02, respectivamente) e respiratória (p=0,003 e p=0,001, respectivamente). Não houve diferença em nenhuma das variáveis nos pacientes que não responderam à PP. A taxa de internação na UTI dos pacientes que apresentaram resposta persistente, transitória ou que não responderam foi de 30,8% (4/13), 41,7% (5/12) e 57,1% (4/7), respectivamente. Conclui-se que os pacientes que responderam à PP apresentaram redução das frequências cardíaca e respiratória e aumento do índice ROX, sem interferir na taxa de internação.

Posição prona no manejo da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo em pacientes diagnosticados com COVID-19: uma revisão integrativa da literatura

“…Além disso, a posição prona pode ainda ser utilizada em pacientes acordados, como método para diminuir a necessidade de introduzir ventilação invasiva na terapêutica dos pacientes com desconforto respiratório, auxiliando na oxigenação e na correção de distúrbios associados a hipoxemia. (4) Em estudo prospectivo, foi evidenciado que do total de 25 pacientes diagnosticados com COVID-19 e em ventilação mecânica invasiva, cerca de 78,1% responderam de forma satisfatória ao posicionamento prona. Outrossim, entre os pacientes avaliados, 37,5% apresentaram resposta a PP de forma transitória, 40,6% resposta de forma persistente 21,9% não responderam a mudança de posicionamento.…”

“…Outrossim, entre os pacientes avaliados, 37,5% apresentaram resposta a PP de forma transitória, 40,6% resposta de forma persistente 21,9% não responderam a mudança de posicionamento. (4) Dessa forma, este estudo tem como objetivo descrever as evidências científicas disponíveis e atuais acerca da utilização da posição prona no manejo da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo em pacientes diagnosticados com COVID-19.…”