Idosos caidores e não caidores: Associação com características sociais, fatores econômicos, aspectos clínicos, nível de atividade física e percepção do risco de quedas: um estudo transversal

Abstract

RESUMO As quedas em idosos são capazes de impactar negativamente sobre diversos aspectos biopsicossociais. O objetivo deste estudo foi verificar a associação de quedas com características sociais, fatores econômicos, aspectos clínicos, nível de atividade física e percepção do risco de quedas em idosos caidores e não caidores. A amostra foi composta por 520 idosos (71,7±7,4 anos) de ambos os sexos (83,7% feminino) que foram entrevistados em relação às características sociais, fatores econômicos, aspectos clínicos, histórico de quedas, nível de atividade física (Minnesota) e percepção do risco de quedas (falls risk awareness questionnaire, PRQ). Para comparação foram utilizados os testes de Mann-Whitney e qui-quadrado e para associação os testes de regressão logística binária e multivariada. Após a análise de dados, identificamos que idosos caidores apresentaram menor escolaridade, classe econômica e PRQ. A escolaridade (OR: 1,35 a 1,28), classe econômica (OR: 1,62) e PRQ (OR: 1,46) apresentaram associação com as quedas, semelhante foi observado em idosos com duas ou mais quedas (escolaridade, OR: 2,44 a 1,92; PRQ, OR: 0,84). A análise de idosos com apenas uma queda evidenciou associação apenas com a PRQ (OR: 0,87). Conclui-se que idosos caidores apresentaram menor percepção do risco de quedas, nível de escolaridade e classe econômica. A PRQ demonstrou-se uma ferramenta importante para programas de prevenção de quedas, pois foi capaz de identificar fatores perceptuais sobre o risco de quedas que podem ser utilizados para avaliação e acompanhamento, bem como direcionar estes programas em idosos da comunidade.

Avaliação Das Intervenções Fisioterapêuticas Na Prevenção De Quedas Em Idosos Institucionalizados

“…Primeiramente, a constância da fisioterapia na vida de um idoso desemprenha um papel significativo na prevenção de quedas, resultando em melhorias notáveis no equilíbrio, na marcha e na qualidade de vida. (3,4,6,7,9) No entanto, é importante enfatizar que a fisioterapia não é o único determinante nesse processo. A prevenção de quedas em idosos também está relacionada às características físicas, cognitivas e sociodemográficas individuais, bem como à percepção do risco de quedas, escolaridade e classe econômica.…”

“…(1,5,6,8) A capacidade física é um fator crucial na prevenção de quedas, todos os estudos concordam que a intervenção precoce desempenha um papel crucial na prevenção de quedas em idosos institucionalizados, visto que o risco de quedas tende a aumentar com a idade. (1,2,3,4,5,6,7,8,9) Os idosos institucionalizados também enfrentam desafios sociais e econômicos que podem contribuir para o risco de quedas. Muitas vezes, eles estão distantes de suas famílias, o que pode impactar seu estado emocional e psicológico, contribuindo para o medo de quedas.…”

“…A condição econômica dos idosos e a disponibilidade de medicamentos adequados para condições de saúde crônicas também desempenham um papel na prevenção de quedas. (3,7,8) Os estudos relacionados à prevenção de quedas em idosos institucionalizados apresentam uma série de pontos fortes que contribuem significativamente para nossa compreensão desse desafio crítico no cuidado da saúde dessa população. As quedas em idosos representam um problema de saúde de grande impacto, frequentemente resultando em lesões sérias, hospitalizações e uma diminuição significativa na qualidade de vida (1,4,5,8) .…”

“…Concluindo que, idosos que permanecem em suas comunidades geralmente são mais ágeis do que aqueles que estão institucionalizados, o que resulta em um menor risco de quedas. (7,8) Diante disso, a atuação do fisioterapeuta na avaliação se torna essencial diante da necessidade de abordar o tema, tanto para a prevenção quanto para a reabilitação de idosos institucionalizados em risco de quedas. Este estudo analisou os recursos mais utilizados nas avaliações fisioterapêuticas e seus resultados benéficos para os pacientes, com o objetivo de verificar as intervenções fisioterapêuticas na prevenção de quedas nesse grupo de idosos.…”

Envelhecer e as principais síndromes geriátricas: relação entre fragilidade, incontinência urinária e quedas

“…Um idoso que já vivenciou um ou mais eventos de queda no período de 12 meses é definido como um idoso caidor e, em sua maioria, desenvolve o medo de cair novamente, o que se caracteriza como um expoente limitador, pois, por um lado, o auxilia a adotar um comportamento mais cauteloso, mas, por outro, faz com que tenha menos confiança e evite atividades físicas, condições que agravam a fragilidade e favorecem o declínio funcional (SILVA LP, et al, 2021). Os fatores mencionados e associados a quedas são pertinentes ao indivíduo, ou seja, causas intrínsecas que compreendem desde condições como doenças, síndromes, fragilidades, inclusive o uso de fármacos, caracterizando-se como algo oriundo da pessoa.…”