2017
DOI: 10.1590/1807-0310/2017v29171345
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Políticas De Identidade No Sistema De Acolhimento a Crianças: A História De Vida De Uma Pós-Abrigada

Abstract: RESUMOEste artigo apresenta as sínteses de uma pesquisa, objetivando desvelar as possibilidades de superação do estigma do abandono de egressos do sistema de acolhimento institucional de crianças e adolescentes, por meio do entendimento das políticas de identidade e identidades políticas. Foi utilizado o referencial teórico proposto pela teoria de identidade, com a finalidade de abarcar a complexidade da medida de proteção previsto pelo ECA. Como método foi eleita a entrevista de história de vida, realizada no… Show more

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“…Para além das garantias previstas em lei no que tange ao direito à educação e profissionalização -que, consequentemente, preparariam o adolescente egresso do sistema de abrigamento para uma vida autônoma em sociedade -, o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária (CONANDA; CNAS, 2006) sugere que o Estado oferte residências que acolham esses jovens adultos após o período de abrigamento e os auxiliem no processo de conquista de protagonismo, tal como refere Poker (2017). Entretanto, nesse quesito, é notório o hiato entre a legislação e a prática e, frequentemente, os egressos, após o alcance da maioridade, comumente tomam rumos que permeiam a situação de rua, o ingresso na criminalidade, o retorno às suas respectivas famílias (que, muitas vezes, foram autoras de violência) ou a reinserção no abrigo, agora de forma irregular, trocando trabalho voluntário pelo sustento básico.…”
Section: Desligamento Por Maioridadeunclassified
“…Para além das garantias previstas em lei no que tange ao direito à educação e profissionalização -que, consequentemente, preparariam o adolescente egresso do sistema de abrigamento para uma vida autônoma em sociedade -, o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária (CONANDA; CNAS, 2006) sugere que o Estado oferte residências que acolham esses jovens adultos após o período de abrigamento e os auxiliem no processo de conquista de protagonismo, tal como refere Poker (2017). Entretanto, nesse quesito, é notório o hiato entre a legislação e a prática e, frequentemente, os egressos, após o alcance da maioridade, comumente tomam rumos que permeiam a situação de rua, o ingresso na criminalidade, o retorno às suas respectivas famílias (que, muitas vezes, foram autoras de violência) ou a reinserção no abrigo, agora de forma irregular, trocando trabalho voluntário pelo sustento básico.…”
Section: Desligamento Por Maioridadeunclassified
“…Entre os aspectos positivos, destacam-se aqueles ligados à própria finalidade protetiva do serviço, ou seja, a de afastar a criança ou o adolescente do ambiente de risco no qual estavam inseridos e deslocá-los, provisoriamente, para um contexto que atenderá às suas necessidades físicas e emocionais atuais. Entretanto, vale sublinhar que a institucionalização também pode conter fatores de risco para o desenvolvimento humano, como a tendência a nem sempre considerar a individualidade dos acolhidos, levando a uma coletivização das suas rotinas, além da segregação social e da interrupção dos vínculos familiares quando do seu direcionamento a uma unidade de acolhimento (Delgado, Carvalho, & Correia, 2019;Fernandes & Oliveira-Monteiro, 2016;Heumann & Cavalcante, 2018;Poker, 2017).…”
Section: Serviços De Acolhimento Institucionalunclassified
“…A pouca variação das atividades pode ser prejudicial ao desenvolvimento dos indivíduos por não estimular o engajamento em tarefas com diferentes graus de complexidade. Há que se considerar que o despreparo, a sobrecarga com os demais afazeres, ou mesmo a enraizada política da caridade, podem prejudicar a disponibilidade afetiva de profissionais que pouco conseguem investir na qualidade das interações (Heumann & Cavalcante, 2018;Lemos, Gechele, & Andrade, 2017;Poker, 2017). Importante pensar que a interação e o fortalecimento de vínculos podem ser experimentados principalmente nas situações de diversão, de entretenimento e de brincadeira entre acolhidos e cuidadores.…”
Section: Serviços De Acolhimento Institucionalunclassified
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