2019
DOI: 10.1590/1807-0191201925129
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Ideologia, sofisticação política e voto no Brasil

Abstract: A teoria espacial do voto parte do pressuposto de que eleitores diante de dois ou mais candidatos escolherão aquele que estiver mais próximo de suas preferências. O primeiro objetivo deste artigo é testar esse pressuposto para as eleições presidenciais no Brasil entre 2002 e 2014. Para isso utilizamos os dados do Estudo Eleitoral Brasileiro e as técnicas de escalonamento. Os resultados apontam que a probabilidade de um eleitor votar no candidato que está mais próximo dele do ponto de vista ideológico é extrema… Show more

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“…Por sua vez, inicialmente no Brasil, acreditava-se que a ideologia seria um ponto central na escolha do voto (SINGE, 1999), sendo rebatido por Carreirão (2002;2007), que encontrou uma relação fraca entre estrutura ideológica e escolha do voto nas eleições presidenciais. É apenas com Izumi (2019), ao adicionar novamente a importância da sofisticação política, que a ideologia parece corroborar com a tese do modelo espacial do voto em que o eleitor brasileiro votaria em candidatos mais próximos as suas preferências.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
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“…Por sua vez, inicialmente no Brasil, acreditava-se que a ideologia seria um ponto central na escolha do voto (SINGE, 1999), sendo rebatido por Carreirão (2002;2007), que encontrou uma relação fraca entre estrutura ideológica e escolha do voto nas eleições presidenciais. É apenas com Izumi (2019), ao adicionar novamente a importância da sofisticação política, que a ideologia parece corroborar com a tese do modelo espacial do voto em que o eleitor brasileiro votaria em candidatos mais próximos as suas preferências.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Autores clássicos de opinião pública, acreditavam que a ideologia também teria um papel primordial em orientar e servir com um atalho cognitivo de como os indivíduos guiariam suas preferências políticas e escolha do voto (CAMPBELL et al, 1960). Outros autores, encontraram o contrário, que a ideologia seria complexa (STOKES, 1960;DAVIS et al, 1970), confusa (CONSERVE, 1964) e não-informativa (CONSERVE E PIERCE, 1986) para o eleitor tomar sua decisão na escolha do HENRIQUE, A. Percepção macroeconômica, felicidade e ideologia: um estudo de caso do brasil (2010)(2011)(2012)(2013)(2014)(2015)(2016) (CARREIRÃO, 2002;2007;IZUMI, 2019).…”
Section: Introductionunclassified
“…A teoria do comportamento do eleitor é estudada dentro do marketing político como uma estratégia explicativa para a tomada de decisão do voto. Com foco de estudo voltado para essa teoria, tem-se quatro correntes teóricas: sociológica; escolha racional, psicossociológica e espacial (Almeida, 2018;Izumi, 2019).…”
Section: Introductionunclassified
“…Apesar dessas contribuições teóricas, a ideologia não pode ser raciocinada como um constructo observável fixo e determinístico, isso se prova devido ao fato de indivíduos que se autodeclaram de esquerda, mas são favoráveis com alguns temas que possuem características de pensamento de direita, tornando-se contraditórios em seus posicionamentos (Telles, Lourenço & Storni, 2009;Rothbard, 2016). Izumi (2019) contribui com essa perspectiva de contradição ideológica do indivíduo com a pressuposição que o processo de decisão do voto teria um comportamento espacial e variável de acordo com as atitudes ideológicas tomadas pelo indivíduo em relação a temas específicos, podendo essa atitude variar de acordo com o tema abordado. Portanto, para o autor, o eleitor não direciona o seu voto de forma determinística em relação ao posicionamento ideológico do candidato.…”
Section: Introductionunclassified
“…In the Brazilian context where clientelism and personalistic politics persist, left-right ideology has developed its idiosyncrasies since political leaders used to embrace domestic policies not in line with their ideological labels (LUCAS; SAMUELS, 2010;TELLES;STORNI, 2011). Most of the ideology research in Brazil focuses on partisan identification (MACIEL;ALARCON;GIMENES, 2018;CESAR, 2009;TAROUCO;MADEIRA, 2013;TELLES;STORNI, 2011), domestic policy preference (OLIVEIRA; TURGEON, 2015), and voting behaviors (CARREIRÃO, 2002;HOLZHACKER;BALBACHEVSKY, 2007;IZUMI, 2019;MOREIRA, 2017;SINGER, 1999). Among them, there is a huge debate about whether Brazilians have a sound and coherent understanding of the left-right meanings, which remains unsolved until today.…”
Section: Introductionmentioning
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