“Eu sou Barbie e sou bruta”: o empoderamento no ciclismo

Abstract

Resumo: Neste artigo, analisamos a construção do empoderamento das mulheres em um grupo de ciclismo urbano do Sertão Pernambucano. Realizamos uma etnografia durante um ano por meio de observação participante, de entrevistas em profundidade e no acompanhamento diário das atividades, eventos e mídias sociais de um grupo de ciclismo liderado por mulheres. E incluímos neste grupo os homens que participavam ativamente das atividades e eventos realizados. Os marcos teóricos que fundamentaram as análises foram as perspectivas relacional e performática dos estudos de gênero. Concluímos que as experiências de empoderamento das mulheres estiveram ancoradas nas vivências de fisicalidade, bem como nas relações de solidariedade e companheirismo experimentadas pelos/as participantes na prática da modalidade em grupo.

Perfil do ciclista e cicloturista em Santa Catarina (Brasil): aspectos socioeconômicos e suas motivações para o uso da bicicleta

“…Os processos de empoderamento mobilizados na prática do ciclismo urbano por mulheres foram analisados por Cavalcanti, Santos, Moura & Moura (2019), com as tensões e relações de poder vivenciadas pelas ciclistas, no contexto de deficiências dos espaços e políticas públicas para mobilidade por bicicleta nos centros urbanos. Essas problemáticas, de acordo com o estudo, têm impactos concretos nos índices de participação e permanência para as praticantes do ciclismo, aliado a medo da violência, que requer em muitos pedais, a participação de ciclistas homens para garantir uma sensação de segurança.…”

“…A temática de gênero no ciclismo e cicloturismo, sendo exemplo a discussão de empoderamento feminino realizada por Cavalcanti, Santos, Moura & Moura (2019), é uma dimensão que necessita de pesquisas aprofundadas. Uma série de fatores mobilizam o interesse das mulheres em pedalar, ao mesmo tempo que outros elementos são negativos, como as questões de segurança e machismo.…”