2019
DOI: 10.1590/1806-93472019v39n82-06
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Domar as águas e os sertões da fronteira intra-americana: a centralidade dos caminhos fluviais nas disputas luso-espanholas do Tratado de Santo Ildefonso

Abstract: RESUMO O artigo discute o processo das demarcações dos limites entre as possessões portuguesas e espanholas, na conjuntura do Tratado de Santo Ildefonso (1777). Durante o processo, que se deu efetivamente entre 1780 e 1791, os rios se constituíram em importantes pontos de disputas intra-americanas entre as comissões demarcadoras luso-espanholas, dado que poderiam ser tomados como as linhas divisórias naturais do espaço físico subordinado a uma ou outra monarquia, assim como caminhos pelos quais poderiam ser ma… Show more

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“…Essa visão se baseia no contexto político e diplomático de meados do Setecentos, marcado pelo acirramento das tensões e conflitos fronteiriços entre as coroas ibéricas no interior da América do Sul e pela assinatura de sucessivos tratados de limites entre 1750 e 1777 que buscavam regular a expansão portuguesa a oeste do Tratado de Tordesilhas, então obsoleto. Contudo, pesquisas recentes sobre essas áreas fronteiriças da região amazônica e do Centro-Oeste desenvolvidas, sobretudo, no campo da História Social têm destacado a funcionalidade primordial desses destacamentos, fortins e fortalezas de atrair, estabelecer alianças e travar enfrentamentos violentos com as populações nativas em suas fronteiras internas (CARVALHO, 2014;BOMBARDI, 2015;CARDOSO DE MELLO, 2016;BRITO, 2019).…”
Section: Louise Cardoso De Mello**unclassified
“…Essa visão se baseia no contexto político e diplomático de meados do Setecentos, marcado pelo acirramento das tensões e conflitos fronteiriços entre as coroas ibéricas no interior da América do Sul e pela assinatura de sucessivos tratados de limites entre 1750 e 1777 que buscavam regular a expansão portuguesa a oeste do Tratado de Tordesilhas, então obsoleto. Contudo, pesquisas recentes sobre essas áreas fronteiriças da região amazônica e do Centro-Oeste desenvolvidas, sobretudo, no campo da História Social têm destacado a funcionalidade primordial desses destacamentos, fortins e fortalezas de atrair, estabelecer alianças e travar enfrentamentos violentos com as populações nativas em suas fronteiras internas (CARVALHO, 2014;BOMBARDI, 2015;CARDOSO DE MELLO, 2016;BRITO, 2019).…”
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