2016
DOI: 10.1590/1806-93472016v36n73_011
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

A produção da invisibilidade intelectual do professor negro Nascimento Moraes na história literária maranhense, no início do século XX

Abstract: ResumoO artigo contempla a trajetória familiar, escolar e profissional de José do Nascimento Moraes, dando ênfase às dificuldades encontradas durante a consolidação da sua vida profissional em razão de sua origem racial, quando esteve envolvido em debates na imprensa maranhense. Destacam-se aspectos ligados à polêmica travada com Antonio Francisco Leal Lobo, quando este, ao escrever sobre a terceira fase da história literária do Maranhão, omitiu a importância e a relevante contribuição de Nascimento Moraes par… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1

Citation Types

0
0
0
4

Year Published

2020
2020
2024
2024

Publication Types

Select...
6
2

Relationship

1
7

Authors

Journals

citations
Cited by 9 publications
(4 citation statements)
references
References 1 publication
0
0
0
4
Order By: Relevance
“…A literatura científica da área "educação e relações étnico-raciais" (FONSECA; BARROS, 2016; ROMÃO, 2005, entre outras/os) ressalta que foram muitos os obstáculos legais para a escolarização da população negra no decorrer da história brasileira, mas também salienta a luta de sujeitos negros -sobretudo por parte dos coletivos negros ou de familiares das crianças e jovens negros -na reivindicação, juntos aos poderes públicos, de acesso e permanência à escolarização. A constatação da ocorrência de ações educativas internas realizadas por tais coletivos é uma demonstração de que essa população valorizava os processos educativos e procurava encontrar formas para que elas/es mesmos ou suas/seus responsabilizadas/os tivessem o direito à educação garantido, a despeito de a legislação nacional já assegurar ou não isso no período (CRUZ, 2016;FONSECA, 2007;MULLER, 2014;VEIGA, 2010, entre outras).…”
Section: O Movimento Negro E a Reivindicação Por Uma Educação Antirra...unclassified
“…A literatura científica da área "educação e relações étnico-raciais" (FONSECA; BARROS, 2016; ROMÃO, 2005, entre outras/os) ressalta que foram muitos os obstáculos legais para a escolarização da população negra no decorrer da história brasileira, mas também salienta a luta de sujeitos negros -sobretudo por parte dos coletivos negros ou de familiares das crianças e jovens negros -na reivindicação, juntos aos poderes públicos, de acesso e permanência à escolarização. A constatação da ocorrência de ações educativas internas realizadas por tais coletivos é uma demonstração de que essa população valorizava os processos educativos e procurava encontrar formas para que elas/es mesmos ou suas/seus responsabilizadas/os tivessem o direito à educação garantido, a despeito de a legislação nacional já assegurar ou não isso no período (CRUZ, 2016;FONSECA, 2007;MULLER, 2014;VEIGA, 2010, entre outras).…”
Section: O Movimento Negro E a Reivindicação Por Uma Educação Antirra...unclassified
“…Tal perspectiva se contrapõe, no senso comum, às visões de que os negros não valorizaram ou não se inseriram em processos educativos formais, ou seja, que culpabilizavam a própria vítima da exclusão educacional (social, econômica, política etc.) e se coaduna com considerações realizadas nos últimos anos por pesquisadoras(es) da história da educação brasileira (Cruz, 2016;Fonseca, 2007;Muller, 2014;Veiga, 2010, entre outras).…”
Section: Análise Do Conjunto Dos Trabalhosunclassified
“…Em diferentes regiões do país, tais figuras atuaram como docentes em diversos níveis educacionais e participaram de variados âmbitos da sociedade como política, literatura, artes, jornalismo, direito e medicina. Pesquisados/as por historiadores/as da educação e da história social, alguns exemplos são: maranhenses como Nascimento Moraes(CRUZ, 2016), Maria Firmina dos Reis (CRUZ, 2018) e/ou radicados no Rio de Janeiro como Philippe José Alberto Júnior (VILLELA, 2012) e Hemetério José dos Santos (SILVA, 2015); baianos como Carneiro Ribeiro (PITANGA, 2019); Cincinato Franca (CAVALCANTE, 2020) e Elias Nazareth (SANTOS, 2020); com atuação no Rio de Janeiro e em São Paulo como Ferreira de Menezes, Luiz Gama, Machado de Assis, José do Patrocínio, Ignácio de Araújo Lima, Arthur Carlos e Teophilo Dias de Castro (PINTO, 2014), André Rebouças (PINTO, SCHUELER, 2012); Manuel Querino e José do Patrocínio (SCHUELER, 2013, 2014); na Corte/capital do país como Israel Soares (SILVA, 2017) e Coema Hemetério dos Santos (SILVA, 2019); em Minas Gerais como Padre Vitor (FONSECA, 2020); no Mato Grosso como Bernardina Rich (GOMES, 2009); no Rio Grande do Sul como Sophia Ferreira Chaves (PERUSSATO, 2019), entre outros e outras. Como nas regiões citadas, um conjunto de homens paraibanos também podem ser compreendidos e analisados como intelectuais negros.A indicação de "cor" em fontes oficiais ou não-oficiais, ao longo do período imperial e ainda nas primeiras décadas do século XX apontam, para quem as consulta posteriormente, que muito provavelmente o homem ou a mulher em questão não era branco/a.…”
unclassified