O professor de Física na escola pública estadual brasileira: desigualdades reveladas pelo Censo escolar de 2018

Abstract

<jats:p>Resumo Este texto aborda o tema da distribuição de professores de Física em atuação nas escolas públicas estaduais brasileiras. Os microdados do Censo escolar de 2018 foram utilizados como fonte de dados. Metodologicamente estatísticas descritivas e de análise multivariada de dados foram realizadas. Os resultados indicam que apenas 20 por cento dos professores de Física das escolas públicas estaduais do país possuem formação específica. As desiguais distribuições revelam que as regiões Centro-Oeste e Norte são as mais impactadas. A falta de oportunidades de acesso e permanência nos cursos de licenciatura influenciam especialmente mulheres e indígenas. Os resultados apresentados neste texto podem contribuir para o delineamento de ações e políticas no âmbito da formação docente.</jats:p>

Um Diagnóstico Da Formação Inicial De Professores De Ciências Naturais Na Perspectiva Do Ensino De Astronomia

“…Diversos autores têm afirmado suas preocupações quanto à formação inadequada dos professores em conceitos de Astronomia (Queiroz, 2008;Langhi & Nardi, 2010;Batista, 2016;Beltrão, Barçante, Pedrosa, & Megahós, 2020;Nascimento, 2020), sejam eles voltados à área das Ciências da Natureza (EM e Anos Finais do EF) ou das Ciências Humanas (Geografia ou Pedagogia, que atuam nos Anos Iniciais do EF). Tal problema tende a ocorrer muito em função dos currículos pouco abrangentes dos cursos de formação, que não comportam os saberes disciplinares essenciais, por exemplo de Astronomia, e que assim dificulta o adequado desenvolvimento dos saberes experienciais (Tardif, 2014) e da autonomia docente (Contreras, 2002) dos professores.…”