O jatobazeiro (Hymenaea spp., Fabaceae) é uma espécie frutífera e nativa no Brasil, distribuído em diversas fitofisionomias nos variados domínios fitogeográficos. Considerando a importância alimentícia, silvicultural, ecológica e medicinal, tornam-se necessários estudos visando seu cultivo ex situ e exploração sustentável. Assim, objetivou-se nesse trabalho descrever os aspectos ecofisiológicos relacionados à germinação e produção de mudas da Hymenaea spp. O trabalho foi baseado em revisão de literatura exploratória sobre os temas propostos. As sementes de jatobazeiro são classificadas como ortodoxas e apresentam dormência tegumentar e fisiológica, o que dificulta o tempo, a uniformidade e a percentagem da germinação e da emergência das plântulas, sendo que a escarificação mecânica e uso de bioestimulantes é uma prática promissora na viveiricultura. As mudas são sensíveis a exposição a alta irradiância e ao estresse por déficit e alagamento, mas sobrevivem a essas condições por meio de ajustes fisiológicos, favorecendo a plasticidade e resiliência ecológica. O uso de agentes mitigadores, tal como aplicação foliar de silicato de potássio, ácido salicílico contribuem na indução da tolerância das mudas aos fatores estressores. O sombreamento atua de maneira sinérgica em aliviar o estresse por déficit hídrico. No que se refere a nutrição das mudas, o gênero é responsivo a adubação, especialmente nitrogênio e fósforo. O uso de resíduos orgânicos e a inoculação de fungos micorrízicos arbusculares é uma prática promissora para produção de mudas de jatobazeiro de alta qualidade. O jatobazeiro é uma espécie promissora para atividades silviculturais e de exploração sustentável. Embora já tenham alguns estudos na literatura as informações são insuficientes, necessitando de novas pesquisas para estabelecer protocolos do cultivo da espécie.