Neste artigo, partimos de uma iniciativa em andamento no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo. O trabalho pretende oferecer a seu corpo discente letramento em língua estrangeira, a partir da facilitação de acesso e debate de textos antropológicos em inglês no sentido de contribuir para uma discussão que se refere a diferentes dimensões do ensino e aprendizagem do ofício da antropologia. Iniciamos o texto trazendo reflexões sobre idiomas estrangeiros e acesso à pós-graduação, seguido por considerações sobre linguagem, poder e possibilidades de diálogos Sul-Sul a partir do inglês falado e escrito por não nativos. Apresentamos, então, a estrutura das oficinas, bem como nossa metodologia voltada para estudantes com pouco ou nenhum conhecimento do idioma. Em seguida, realizamos debate sobre permanência apresentando os perfis e os retornos dos participantes e concluímos o texto com considerações sobre o presente e futuro de nosso projeto e o papel da docência e dos PPGs na formação da próxima geração de antropólogos.