Argentinos À Brasileira. A Circulação De Antropólogos Argentinos Pelo Museu Nacional (Ppgas-Mn/Ufrj)

Abstract

Resumo Como se produzem e consolidam os fluxos de circulação internacional na América Latina? Como tem mostrado uma ampla literatura, a circulação internacional de pessoas não se produz automaticamente, mas é produto de dinâmicas sociais complexas. Esse trabalho reconstrói os processos pelos quais pode se produzir um fluxo de estudantes argentinos em direção ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (PPGAS-MN). A partir de um trabalho de arquivo no PPGAS-MN e de entrevistas com professores e ex-estudantes, o estudo revela os mecanismos institucionais construídos por pesquisadores dos dois países para possibilitar esse fluxo que, posteriormente, teve continuidade, argumentando que esses se tornaram possíveis pela assimetria entre o estado de autonomização e financiamento da disciplina num e noutro país e, ao mesmo tempo, pela homologia de posições em que se encontravam os pesquisadores brasileiros e argentinos, os primeiros pelo avanço que já tinha a pós-graduação e os segundos pela existência de uma graduação específica em Antropologia, inexistente no Brasil.

Academic knowledge about indigenous peoples in the Americas: a comparative approach about the conditions of its international circulation

“…methodology, theory, scope and institutional aspects of ethnohistory and indigenous studies have been addressed elsewhere, mostly by colleagues working within such fields. 4 Also, there have been studies concerning the circulation of anthropologists in the region (Isola 2018) and knowledge in the field of multicultural studies (García Peter 2016) or comparative studies between specific countries (Baines 2012). But a comparative reflection involving different countries is still necessary to account for the extent of internationalization in the field of indigenous studies.…”

“…At a regional level, the exchanges between Brazilian and Argentinian scholars have been notable (Grimson, Ribeiro, and Semán (Comps. ) 2004), especially with the 1980s Brazilian graduate programs' policies towards incorporating Argentinian students (Isola 2018). Also, the circulation of Brazilian and Chilean anthropologists in developed countries such as France, Germany and especially the US was possible in the context of funding of social sciences from central countries, through institutions such as the World Bank, Ford Foundation or the Inter-American Development Bank (Heilbron, Guilhot, and Jeanpierre 2008;Isola 2018).…”