Seasonal variation of the crustacean fauna in the belowground and aboveground strata in a Halodule wrightii meadow of northeastern Brazil

Abstract

ABSTRACT. The diff erent microhabitats provided by seagrasses and the habit of the species determinate the vertical distribution of crustaceans. This study verifi ed the infl uence of the seasonality on the spatial distribution of the crustacean community associated with a Halodule wrightii meadow. From April 2006 to July 2007, we performed fi fteen samplings in Goiabeiras Beach, Ceará State, each with fi ve sectioned replicates in belowground and aboveground. Cumaceans and the amphipod Hyale media (Dana, 1853) had a higher frequency, density, and dominance than the other taxa, in both strata. The community exhibited gradual changes along the study, in both the belowground and aboveground strata, but the seagrass structure was not suffi cient to explain the vertical distribution of the crustacean fauna along the time.KEYWORDS. Seagrass, shoal grass, benthic communities. RESUMO. Variação sazonal da fauna de crustáceos nos estratos subterrâneo e aéreo em uma pradaria de Halodule wrightii do nordeste do Brasil.Os diferentes microhabitats proporcionados pelas pradarias marinhas e o habito das espécies determinam a distribuição vertical de espécies de crustáceos. Este estudo verifi cou a infl uência da sazonalidade sobre a distribuição espacial da comunidade de crustáceos associada a uma pradaria de Halodule wrightii. De abril de 2006 a julho de 2007, foram realizadas 15 amostragens na praia das Goiabeiras, estado do Ceará, em cada uma com cinco amostras seccionadas em partes aérea e subterrânea. Cumáceos e o anfípode Hyale media (Dana, 1853) tiveram a maior frequência, densidade e dominância em relação a outros táxons, em ambos os estratos. A comunidade exibiu mudanças graduais ao longo do estudo, em ambos os estratos aéreo e subterrâneo, mas a estrutura da pradaria não foi sufi ciente para explicar a distribuição vertical da fauna de crustáceos ao longo do tempo.PALAVRAS-CHAVE. Pradarias marinhas, capim marinho, comunidades bentônicas.

Efeito Das Perdas De Cobertura De Prados De Angiopermas Marinhas Sobre a Macrofauna Bentônica

“…Os crustáceos são atraídos pela complexidade e estabilidade encontrada nos microambientes formados pelas pradarias (Zupo, 1994). Sua diversidade é regulada principalmente pela densidade aérea da planta, presença de epífitas e sazonalidade das plantas hospedeiras (Stoner, 1980;Gore et al, 1981;Lewis, 1984;Zieman & Zieman, 1989;Barros & Rocha-Barreira, 2009Barros et al, 2017). No presente estudo, as diversas ordens identificadas foram encontradas exclusivamente nas áreas vegetadas, confirmando a relação direta deste grupo com as plantas, como observado por outros autores (Sánchez-Jerez et al, 1999;Lewis, 1984;Stoner, 1980;Zieman & Zieman, 1989).…”

“…De um modo geral, todos os principais grupos de invertebrados marinhos estão associados a prados de angiospermas marinhas submersas (Barnes, 2017), com diferentes padrões na abundância e diversidade das assembleias faunísticas bentônicas, entre áreas vegetadas e não-vegetadas adjacentes (Barnes & Barnes, 2012;Do et al, 2011;Edgar, 1990;Nakaoka, 2005;Orth et al, 1984;Terrados & Borum, 2004) e curtas faixas de transição, onde a fauna se modifica em apenas 0,1 m, a partir da borda da pradaria (Barnes, 2017). Contudo, os padrões de distribuição vertical e sazonal da macrofauna bentônica nestes ecossistemas podem variar, especialmente em função dos efeitos do ambiente sobre o ecossistema (Barros & Rocha-Barreira, 2013; Barros et al, 2017;Edgar, 1990;Jernakoff & Nielsen, 1998;Nakaoka et al, 2001) e das interações entre espécies da fauna e entre espécies de angiospermas formadoras do prado (Nakaoka, 2005).…”

“…No Brasil, os estudos específicos sobre macrofauna bentônica ou grupos bentônicos associados a estes prados têm demonstrado alterações na composição das espécies, em função das variações sazonais ou do ciclo de vida das plantas (Alves & Araújo, 1999;Barros & Rocha-Barreira, 2013; Barros et al, 2017;Cavalcante et al, 2014), da distribuição da pradaria em diferentes profundidades (Creed & Kinupp, 2011), da biomassa e partes aérea e subterrânea destas plantas sobre a distribuição vertical da macrofauna (Barros & Rocha-Barreira, 2009Barros et al, 2013a;2017) e, também, da presença das angiospermas marinhas sobre a diversidade da macrofauna bentônica (Corbisier, 1994).…”

New and additional records of Metharpinia Schellenberg, 1931 and Microphoxus Barnard, 1960 (Crustacea: Amphipoda: Phoxocephalidae) from Brazilian waters

“…Microphoxus uroserratus was described by Bustamante (2002) with material from Sepetiba Bay, Rio de Janeiro. The species was previously recorded for the states of Ceará (Barros et al, 2017), Paraná (Negrello-Filho et al, 2018) and Rio de Janeiro (Zalmon et al, 2013). As well as in Mi.…”