Este artigo discute problemas e comportamentos morfológicos dos verbos modais do português brasileiro dever, poder e ter que/de. Visando a contribuir com os estudos sobre modalidade no português, que abordam questões semânticas e sintáticas, este artigo discute propriedades especificamente morfológicas dos verbos modais, como a ausência de certas formas flexionais, a não composicionalidade semântica no pretérito imperfeito, categoria verbal modal versus lexical e a constituência e identidade estrutural de ter que e ter de. Embora algumas questões sejam especulativas e/ou permaneceram embrionárias, o presente artigo propõe uma nova maneira de formular certas questões morfossintáticas e morfossemânticas para o estudo dos modais.