Introdução: Estudos sugerem forte associação da exposição intrauterina e pós-natal a dietas hiperlipídicas e complicações cardiovasculares. Objetivo: avaliar efeitos da exposição a dieta hiperlipídica no período perinatal e pós desmame sobre indicadores de risco cardiometabólico e alterações histomorfometrica aórtica em ratos. Metodologia: Ratas Wistar gestantes foram separadas em grupos: controle (n=3) e hiperlipídica (n=3). No 21º dia descendentes foram divididos em subgrupos (n=6) de acordo com a manipulação nutricional: grupo (CC) formado por animais que consumiram dieta controle, grupo (CH) formado por animais que a mãe consumiu dieta controle e após o desmame os descendentes consumiram dieta hiperlipídica, grupo (HH) formado por descendentes que consumiram apenas dieta hiperlipídica e grupo (HC) formado por animais que a mãe consumiu dieta hiperlipídica e após o desmame os descendentes consumiram dieta controle. No 60º dia índices aterogênicos, proteína C reativa e histomorfometria da aorta dos descendentes foram avaliados. Resultados: Grupo CH apresentou maior razão colesterol total / HDL-colesterol e colesterol não-HDL / HDL-colesterol (coeficiente aterogênico) em comparação ao grupo CC (p < 0,01). Espessura da aorta dos grupos CH e HH foram maiores que CC e HC (p < 0,01). As lamelas elásticas do grupo HH apresentaram maior espessura em comparação a HC e CC (p < 0,001). A quantidade de lamelas elásticas foi maior nos grupos CH e HH em comparação a CC e HC (p < 0, 01). Conclusão: exposição a dieta hiperlipídica nos períodos perinatal e pós desmame aumentou o risco cardiometabólico e alterou a histomorfometria aórtica em ratos.