O presente trabalho acadêmico detém como objetivo enveredar uma discussão sobre a produção de Renda Renascença e a expropriação do trabalho. Segundo Bourdieu (2007) a distinção social é um importante elemento diferenciador das classes sociais. O método de pesquisa é de ordenamento qualitativo, utilizando-se de questionários semi-estruturados para coleta de dados na comunidade rural de Lagoa Azul, situada no Cariri Paraibano na cidade de Monteiro-PB e em Poção-PE, bem como é feito o uso do recurso etnográfico na observação direta, essa técnica foi empregada apenas na comunidade de Lagoa Azul. O primeiro ponto de discussão recaiu sobre a problemática alicerçada na construção da Alta Costura designada por Fonseca (2015) como um campo permeado por símbolos culturais elitistas. No segundo momento da discussão há a problematização da dificuldade da tipificação do Trabalho Análogo ao Trabalho como salienta Cardoso (2019), produzindo reflexões em torno do processo histórico do campo do trabalho e, respectivamente, como acontecimentos a exemplo da II Guerra Mundial influenciaram os debates contemporâneos a cerca da dignidade humana em frente às condições degradantes no espaço do trabalho. Há nesse ponto também, as controvérsias inerentes à presença dos empresários rurais no campo brasileiro e as formas de exploração resultantes como orienta Fernandes (2008) da situação de dependência econômica. Os últimos capítulos são analíticos, averiguando os dados analisados no campo de estudo, questões de gênero, desigualdade salarial, exploração e valor simbólico da Renda Renascença entram em pauta. Os resultados apontam que a produção de Renda Renascença é realizada sobre o bojo do desamparo público, promovendo que grandes empresárias do ramo explorem a mão de obra de forma barateada e sem vínculos legais.