2016
DOI: 10.1590/15174522-018004132
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Vidas precárias entre normalização e movimentação

Abstract: O último livro de Isabell Lorey, teórica política e social da Alemanha, trata do entrecruzamento de precariedade como novo dispositivo governamental na era do pós-fordismo, por um lado, e por outro lado, como carregador de capacidades transformativas. Inspirada pela multiplicidade dos movimentos EuroMayDay e Occupy, Lorey amplia a noção de precariedade de Robert Castel e propõe uma reflexão sobre as alternativas políticas a partir da recusa à sensação de insegurança. Ressaltando a contribuição do livro para o … Show more

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“…A prática assistencial está estruturada em não ouvir as questões da vida do sujeito, descaracterizando-a como vida, e o inserindo num modelo universal e pragmático, apagando a produção da sua existência e moldando sua singularidade (LOREY, 2012, p. 14 em WASSER, 2016, p. 6), afirma que, sob o neoliberalismo, a desestabilização e a descaracterização do sujeito foram normalizadas, ou seja, colocar a vida na precariedade é efeito e suporte da nova governabilidade, que não vê a necessidade de revogar as desigualdades, distribuídas nas organizações e sistemas de controle social, e impossibilita o sujeito no desenvolvimento de suas potencialidades ao instaurar a ameaça pela tática da incerteza. A política de saúde vigente torna a vida precária e se apoia nas incertezas, no medo e na insegurança para promover o controle sobre o outro a partir da regulação da subjetividade, a qual deve ser repensada no cuidado ao sujeito (WASSER, 2016 O valor da vida para profissional de saúde se relaciona com o sujeito nas suas condições de existência, pois a universalização de práticas sistematizadas de assistência com códigos sociais produzidos/reproduzidos pelo Estado e sociedade, regulam e criam regimes de verdade sobre ambos. Produzir cuidado é dar visibilidade ao sujeito e ao plano de cuidado, misturar-se ao outro na produção da vida em seu território, porque o corpo está diretamente imerso no campo político, e marcado pelas relações de poder.…”
Section: Tuberculose: Adoecimento E Prevençãounclassified
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“…A prática assistencial está estruturada em não ouvir as questões da vida do sujeito, descaracterizando-a como vida, e o inserindo num modelo universal e pragmático, apagando a produção da sua existência e moldando sua singularidade (LOREY, 2012, p. 14 em WASSER, 2016, p. 6), afirma que, sob o neoliberalismo, a desestabilização e a descaracterização do sujeito foram normalizadas, ou seja, colocar a vida na precariedade é efeito e suporte da nova governabilidade, que não vê a necessidade de revogar as desigualdades, distribuídas nas organizações e sistemas de controle social, e impossibilita o sujeito no desenvolvimento de suas potencialidades ao instaurar a ameaça pela tática da incerteza. A política de saúde vigente torna a vida precária e se apoia nas incertezas, no medo e na insegurança para promover o controle sobre o outro a partir da regulação da subjetividade, a qual deve ser repensada no cuidado ao sujeito (WASSER, 2016 O valor da vida para profissional de saúde se relaciona com o sujeito nas suas condições de existência, pois a universalização de práticas sistematizadas de assistência com códigos sociais produzidos/reproduzidos pelo Estado e sociedade, regulam e criam regimes de verdade sobre ambos. Produzir cuidado é dar visibilidade ao sujeito e ao plano de cuidado, misturar-se ao outro na produção da vida em seu território, porque o corpo está diretamente imerso no campo político, e marcado pelas relações de poder.…”
Section: Tuberculose: Adoecimento E Prevençãounclassified
“…Porém, foi um sujeito pertencente a este grupo que possibilitou o contato com a TB, e a análise possibilita destacar que não existe blindagem quando se tem relações humanas, em que todos são iguais, equânimes, diante do contato com a doença transmissível, e da necessidade de tratamento. Assim, quando A3 refere-se à doença como "lá", expressa uma percepção de como a distância física entre as classes sociais e a diminuição dessa distância, tem expressão material real nas condições de vida, e torna-se inverso e complementar, pois a doença deixa de estar exclusivamente "lá" (WASSER, 2016;MONTAÑO, DURIGUETTO, 2011).…”
Section: Tuberculose: Adoecimento E Prevençãounclassified