A versatilidade da madeira faz com que seja empregada na construção civil de diversas maneiras, em estruturas temporárias e permanentes. Porém, sua resistência natural é insuficiente para garantir durabilidade, principalmente em países de clima quente e úmido como o Brasil, o que aumenta o impacto ambiental – cria-se a necessidade de reposição do material com frequência. Assim, processos de tratamento para sua proteção através do uso de preservativos são de extrema importância para a sustentabilidade da cadeia, devendo atender parâmetros de combate a organismos xilófagos, fungos, bactérias e insetos. Normas classificam o material em categorias de uso e classes de resistência e apresentam etapas a serem seguidas na seleção do preservativo. Conservantes óleos e hidrossolúveis, usados em larga escala, apresentam alto grau de toxicidade, com prejuízos à saúde humana e ao ambiente, e dificuldades para reuso, reciclagem ou destinação das madeiras no pós-uso. Já existem proibições de produtos tradicionalmente utilizados em alguns países. O objetivo deste artigo é analisar o desempenho de produtos encontrados no mercado para subsidiar a escolha do que melhor se adeque a cada caso, e buscar alternativas de menor impacto em desenvolvimento. Estudos recentes investigam alternativas mais eficientes ou com menor toxicidade. As inovações encontradas na literatura evidenciam uma preocupação em encontrar produtos eficazes e menos impactantes, mas, em sua maioria, mostram estudos iniciais que necessitam de continuidade e ampliação dos resultados para serem utilizados em larga escala.