“…Percebe-se que esta perspectiva de formação se difere do modelo clássico, que vem sendo praticada no Brasil desde a década de 1960 (Jacobucci, 2006). Neste modelo existe a supremacia da teoria sobre a prática -desde o planejamento até a execução; aquisição de técnicas e metodologias rígidas de ensino; o papel do/a formador/a é de transmissor/a de conteúdo e o do/a participante é apenas de receber, e por último, a concepção da formação é meramente tecnicista, ou seja, visa apenas a instrumentalização do/a professor/a para aplicação de conteúdos em sala de aula (Bassoli et al, 2017). Mesmo em cursos de formação continuada, não se vai além de ensinar novas metodologias, estratégias ou técnicas; o que é necessário, considerando as demandas de um mundo em crescente e acelerada produção científica, mas temos que ir além de ensinar "novos truques" e, para tal, precisamos de espaços que possibilitem essas reflexões, que vão dos cursos de formação à escola, sendo este o lócus de trabalho do/a professor/a (Autarugio & Capecchi, 2016).…”