2001
DOI: 10.1590/1415-47142001004009
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O arcaico nas patologias contemporâneas. Considerações sobre o pânico

Abstract: Este trabalho aborda a questão do pânico pensado como uma falha do recalque primário. As mensagens sexuais maternas, implantadas com violência, impedem a metabolização e ficam como corpos estranhos não ligados que reaparecem sem nexo, impossibilitando sua entrada numa cadeia significante. Neste caso, os medos não são substituição de nada e, sim, a presença atual dos significantes não-metabolizados. O trabalho do analista é possibilitar que se criem novos laços onde faltou palavra.

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“…Ao estudar as patologias contemporâneas, é importante considerar duas vertentes: primeiramente, no que diz respeito à produção e construção da subjetividade, compreender os impactos histórico-político-econômicos e sociais no indivíduo e, em segundo lugar, a própria estruturação individual do aparelho psíquico (Sigal, 2001). Tendo isso em vista, é importante contextualizar o momento em que o homem ocidental está vivendo e suas repercussões sobre ele, possibilitando uma discussão mais ampla dos aspectos que o influenciam e o constituem, levando em conta que a formação da subjetividade é perpassada pela cultura de que ele faz parte (Campos, 2011).…”
Section: Introductionunclassified
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“…Ao estudar as patologias contemporâneas, é importante considerar duas vertentes: primeiramente, no que diz respeito à produção e construção da subjetividade, compreender os impactos histórico-político-econômicos e sociais no indivíduo e, em segundo lugar, a própria estruturação individual do aparelho psíquico (Sigal, 2001). Tendo isso em vista, é importante contextualizar o momento em que o homem ocidental está vivendo e suas repercussões sobre ele, possibilitando uma discussão mais ampla dos aspectos que o influenciam e o constituem, levando em conta que a formação da subjetividade é perpassada pela cultura de que ele faz parte (Campos, 2011).…”
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“…Face a esse estado de coisas, a prevalência das patologias, nas quais as pulsões encontram dificuldades para serem escoadas e tramitadas pelas palavras ou fantasias, tem aumentado no decorrer dos anos, em decorrência do fracasso na simbolização, comprometendo inclusive os níveis corporal e social. São exemplos dessas patologias os transtornos alimentares, as perturbações psicossomáticas, as adições, entre outros (Sigal, 2001). Almeida-Prado e Féres-Carneiro (2010), na atualidade, observaram também em indivíduos obesos essa dificuldade na capacidade de simbolização, além de impedimentos expressivos para a elaboração das situações vividas, de suas frustrações e conflitos, devido à ausência de continência psíquica e recursos internos.…”
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