Hepatites B e C nas áreas de três Centros Regionais de Saúde do Estado do Pará, Brasil: uma análise espacial, epidemiológica e socioeconômica

Abstract

Resumo Introdução As hepatites virais são graves problemas de saúde pública e estão relacionadas às diferentes características socioeconômicas do território brasileiro. Objetivo Analisar a distribuição espacial das hepatites B e C e sua relação com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) nas áreas de três Centros Regionais de Saúde (CRS), no Estado do Pará, Brasil, de 2010 a 2014. Método Neste trabalho descritivo e transversal, foram utilizados dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde, e do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Resultados As análises mostraram que o 11º CRS notificou o maior número de casos (60,9%). Os indivíduos mais acometidos por ambas as doenças foram do gênero feminino, pardos, adultos e com ensino fundamental. Os fatores de riscos mais significativos foram uso de medicamentos injetáveis e tratamentos dentário e cirúrgico. Foi observada dependência espacial entre o IDHM e os parâmetros da taxa de incidência das doenças, com autocorrelações diretas e indiretas. Assim, áreas com IDHM médio e baixo apresentaram altas taxas de incidência, sobretudo em municípios com intenso fluxo migratório, nas últimas décadas. Conclusão As análises foram eficazes para construir cenários epidemiológicos das doenças. Ressaltamos a necessidade de expandir o controle das hepatites nas áreas estudadas.

Aspectos Epidemiológicos De Hepatite B E C No Município De Cascavel/Pr No Período De 2013 a 2017

“…O maior número de casos em que se sabia a fonte de contaminação, nos dois sexos, foi o contágio sexual, com 69 casos nos homens e 42 nas mulheres. Diferente desse estudo, outro feito em três centros regionais do estado do Pará, revela que as principais fontes de contaminação na região foram medicamentos injetáveis, tratamento cirúrgico e tratamento dentário (GONÇALVES, 2019).…”

“…Foi necessário a aprovação deste estudo pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos já que foram utilizados dados epidemiológicos de domínio público e aprovado sob CAAE 06637118.9.0000.5219. Gonçalves et al (2019) afirma que "o maior percentual de casos de hepatite B e C, ao longo da série estudada, ocorreu em indivíduos do gênero feminino, com 53,81%, na idade adulta (19 a 59 anos), com 77,99%, na etnia parda, com 77,95%, e ensino fundamental (5ª a 8ª série), com 35,04%".…”

A Meningite Criptocócica: Analise Espacial, Epidemiologia E Fatores De Risco No Estado Do Pará, Amazônia Oriental Brasileira

“…Outro fator que pode ter contribuído com o aumento da doença em tais regiões é a sua extensa área verde, como as praças centrais do município de Belém que tornam rota migratória de muitas aves que albergam formas patogênicas de Cryptococcus levando a uma elevada distribuição e inalação de esporos patogênicos e desencadeando o surgimento de novos casos desta afecção (PAPPALARDO;MELHEM, 2003;GONÇALVES et al, 2019 ). As mesorregiões do Sudeste Paraense e Marajó foram as que apresentam os menores números, com 5,2% e 3,5%, respectivamente.…”

“…O cenário epidemiológico caracterizado pela precariedade de condições socioeconômicas, baixos indicadores de renda, além, das grandes distâncias e dificuldade de acesso observados na maioria dos municípios paraenses como os do marajó contribuem para que a procura por serviços públicos se tornem onerosos, levando a uma grande vulnerabilidade social e econômica (GONÇALVES et al, 2019).…”

“…Considerando que a disparidade dos indicadores socio-ambientais existentes nos municípios brasileiros em especial no estado do Pará influenciam na distribuição espacial de diversas doenças e entre elas a criptococose, tal fato reflete uma iniquidade em saúde (GONÇALVES et al,2019).…”