Violência contra escolares no Brasil: Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (PeNSE, 2015)

Abstract

Resumo Objetivou-se descrever o perfil de escolares brasileiros acometidos por situações de violência física intrafamiliar (VFI), por objeto perfurocortante (VOC), arma de fogo (VAF) e violência sexual (VS). Trata-se de um estudo transversal de base escolar. Foram avaliados escolares do 9° ano do ensino fundamental em todo Brasil. A amostragem foi realizada em três estágios: seleção dos municípios, posteriormente das escolas, e por fim as turmas. Análises univariadas, bivariadas e multivariadas foram realizadas considerando-se os pesos amostrais. Foram analisadas informações de 100.540 escolares. Foi observada prevalência de 14,5%, 7,9%, 5,7% e 4,0% para a vitimização por VFI, VOC, VAF e VS, respectivamente. A VFI foi mais frequente na região Sudeste, a VAF foi mais frequente na região Centro-oeste e a VOC e VS foram mais frequentes na região Norte do país. A vitimização por VFI e VS foi maior entre as meninas, enquanto a VAF e VOC foi maior entre os meninos. Todas as formas de vitimização por violência foram mais frequentes em escolares das escolas públicas, entre aqueles com 16 anos ou mais, filhos(a) de mães com nenhuma ou baixa escolaridade e que fizeram uso de álcool ou substâncias ilícitas no mês anterior a entrevista.

Visibilidade da violência entre parceiros íntimos adolescentes e jovens: uma revisão integrativa

“…Os achados desta revisão apontaram para uma lacuna científica no que diz respeito à produção de estudos na área da saúde e brasileiros sobre a temática. Estima-se que a escassez de conhecimento científico nacional possa estar ligada à pouca visibilidade desse fenômeno no Brasil e a ausência de medidas para seu enfrentamento e prevenção, achados corroborados por revisão de escopo empreendida em 2019 (9) .…”

“…Além disso, destaca-se a potencialidade da atuação em rede para o desenvolvimento de intervenções voltadas à prevenção e ao enfrentamento da VPI adolescente e juvenil, sobretudo aquelas desenvolvidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em parceria com o cenário escolar (8) . O setor de educação é um lócus privilegiado, de acordo com a literatura, para o desenvolvimento de ações de saúde, uma vez que permite que estratégias de intervenção alcancem mais indivíduos de forma continuada, conforme demonstra estudo empreendido com 102 mil estudantes de escolas públicas e privadas das 26 capitais brasileiras (9) .…”

Saúde discente em uma universidade pública: um estudo no nordeste brasileiro

“…Por outro lado, pode-se hipotetizar que os constrangimentos vivenciados pelos alunos desencadeiam angústias, medos e tensões; a prática da automedicação e o uso de substâncias são meios que os universitários utilizariam para enfrentar tais situações. À vista disso, a relação entre sofrer violência intrafamiliar e o uso de substâncias foi evidenciada em uma amostra de estudantes brasileiros do ensino básico (Mota et al, 2018;Terribele & Munhoz, 2021).…”