O aleitamento materno é o padrão ouro para nutrição dos recém-nascidos, exclusivo até os seis meses de idade, especialmente devido aos seus efeitos imunológicos, nutricionais, cognitivos, psicológicos, sociais e econômicos. Onde o leite humano (LH) é essencial na sobrevivência dos recém-nascidos (RNs), principalmente, dos prematuros. No entanto, mesmo ciente das propriedades ímpares desse rico fluido as doações não atendem a demanda dos RNs em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Por depender exclusivamente de doação de nutrizes sadias e demandar procedimentos de biossegurança, se sabe que durante a pandemia do COVID-19, provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), as doações de leite humano foram afetadas diretamente durante esse isolamento social. Com base nas evidências disponíveis, as recomendações são de doar o LH mesmo na pandemia, desde que a doadora encontre-se saudável. O estudo teve como objetivo identificar os fatores associados à doação leite humano durante a pandemia do coronavírus. Nas 43 revisões bibliográficas analisadas mostrou-se a importância dos efeitos protetores do leite humano para o RN, principalmente em tempo de pandemia, inclusive sem demonstrar riscos das mulheres doarem o leite humano. Dentre os fatores, essas doadoras eram jovens, com boa escolaridade, algumas se sentiam satisfeitas ao doar e o profissional teve papel essencial no incentivo dessa doação. Observaram-se ainda nos estudos, que o maior empecilho recaiu no medo do desconhecido (COVID-19) pelas doadoras, de se contaminarem com os profissionais de saúde e que correm riscos de se contaminar ao doar o leite materno. Concluindo-se que é importante propor mais ações e incentivos voltados para a doação do LH durante a pandemia, explicando os benefícios do leite materno para o bebê, principalmente para os RNs em UTIN. A conscientização dos profissionais de saúde e das mães a respeito da importância da doação de leite é vital, pelos impactos positivos na sobrevida desses RNs e melhoria da saúde materno infantil.