Níveis pressóricos e fatores associados em gestantes do Estudo MINA-Brasil

Abstract

Resumo O objetivo deste estudo foi investigar os fatores associados aos níveis pressóricos em gestantes participantes do Estudo MINA-Brasil, inscritas no pré-natal da Estratégia de Saúde da Família em Cruzeiro do Sul, Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Modelos múltiplos de regressão linear foram utilizados, adotando-se nível de significância de 5%. A maioria das gestantes participantes tinha média de idade de 24 anos (DP 6,3), 44,0% eram primigestas e 59,1% das gestantes apresentaram ganho de peso gestacional semanal excessivo. A ocorrência de hipertensão arterial foi de 0,7%. Os fatores associados positivamente aos níveis de pressão arterial sistólica foram: índice de massa corporal pré-gestacional (β = 0,984, IC95%: 0,768-1,200) e ganho de peso gestacional semanal (β = 6,816, IC95%: 3,368-10,264). Para os níveis de pressão arterial diastólica foram positivamente associados idade da gestante (β = 0,111, IC95%: 0,002-0,221), escolaridade (β = 2,194, IC95%: 0,779-3,609), índice de massa corporal pré-gestacional (β = 0,589, IC95%: 0,427-0,751) e ganho de peso gestacional semanal (β = 3,066, IC95%: 0,483-5,650). Esses resultados reforçam a necessidade de maior atenção pré-natal no cuidado materno para prevenção de distúrbios hipertensivos no final da gravidez.

Integralidade do cuidado de enfermagem do pré-natal ao puerpério

“…Apesar da ampliação no acompanhamento na assistência do prénatal, há incidentes de morbimortalidade materna e perinatal, ocasionadas por complicações advindas da hipertensão arterial e/ou da diabetes gestacional, necessitando de tomadas de decisão e condutas terapêuticas que, muitas vezes, o tempo de resposta para investigação de exames não responde com a rapidez desejada, reduzindo que essas complicações sejam tratadas e acompanhadas ainda durante o pré-natal 15 .…”

Associação do estado nutricional com os níveis pressóricos de gestantes de alto risco atendidas em um hospital de Pernambuco

“…A hipertensão é caracterizada por níveis pressóricos elevados igual ou acima de 140 mmHg para a pressão sistólica e 90 mmHg para pressão diastólica, sendo a principal causa direta de mortalidade materna no Brasil, seguida por hemorragias e infecções 10,11 . Vários problemas podem ser ocasionados às gestantes com níveis pressóricos elevados, a exemplo de pré-eclâmpsia, eclâmpsia, síndrome HELLP (Hemolysis, Elevated Liver enzymes and Low Platelet count), encefalopatia hipertensiva, falência cardíaca e grave comprometimento da função renal, podendo causar aos bebês um crescimento intrauterino insatisfatório, descolamento prematuro de placenta, sofrimento fetal, morte intrauterina, baixo peso e prematuridade 12,13 .…”

Improved estimates of foetal growth are associated with perinatal outcomes: A latent modelling approach in a population-based birth cohort

“…Modifiable risk factors for foetal growth constraint are particularly important in low-resource settings worldwide, which face concurrent burdens of non-communicable and infectious diseases [ 6 ]. For instance, in a birth cohort in the Brazilian Amazon [ 7 ], we have observed frequent patterns of inadequate gestational weight gain (GWG) [ 8 ] in association with blood pressure levels in pregnant women [ 9 ]. Living in a malaria endemic area, participants affected mostly by Plasmodium vivax infections during pregnancy delivered babies with significantly lower birth weight and length [ 10 ].…”