A paridade pode influenciar na alimentação do lactente nos primeiros seis meses de vida?

Abstract

Resumo O objetivo deste artigo é avaliar a influência da paridade no aleitamento materno e na introdução da alimentação complementar nos primeiros seis meses de vida. Estudo longitudinal com uma amostra de conveniência de pares mães-filhos, selecionados no pós-parto e acompanhados até o sexto mês de vida, de 2011 a 2016, em Porto Alegre, Brasil. Foi analisado o tempo da primeira mamada após o nascimento, a prática e o tempo de aleitamento materno, o consumo de outros leites e a introdução da alimentação complementar. A amostra consistiu de 161 díades, com 74 primíparas e 87 multíparas. As multíparas iniciaram antes o aleitamento materno nas primeiras 24 horas pós-parto (p = 0,019). A oferta de outros leites não mostrou diferença em relação à paridade, assim como o momento da introdução alimentar; ainda que tanto primíparas como multíparas o fizeram antes dos quatro meses de vida. A paridade pareceu influenciar o momento da primeira oferta do aleitamento materno, mas não a introdução da alimentação complementar, apesar de esta ter ocorrido precocemente. Neste sentido, se faz necessária a maior difusão de informações sobre aleitamento materno e alimentação infantil durante a assistência pré-natal e puericultura, para melhoria da saúde materno-infantil.

Determinants of early initiation of breast feeding during COVID-19 pandemic among urban-dwelling mothers from Tigray, Northern Ethiopia: a community-based cross-sectional study

“…Studies conducted in Gondar,33 rural Ethiopia34 and Saudi Arabia35 also reported similar findings. A study done in Brazil also corroborated that multiparous women started breast feeding earlier than primiparous women 36. Relatively, multiparous mothers are more likely to be exposed to and to experience any child nutrition related information, including breast feeding.…”

Determinantes sociais do desmame precoce em comunidade rural de uma população pomerana: estudo transversal

“…Não houve diferença estatísticaentre primíparas e multíparas em relação ao desmame precoce de suas crianças (p=0,198) no estudo em questão, diferente de estudos publicados onde primíparas tendem à interrupção da amamentação exclusiva antes dos seis meses da criança (20,21) . Entretanto, em estudo longitudinal tanto primíparas quanto multíparas ofereceram alimentos de forma precoce, antes mesmo dos quatro meses de idade (22) . É possível que, devido à grande proximidade familiar característica da região investigada na atual pesquisa, onde diferentes gerações da família costumam habitar o mesmo terreno, o conhecimento sobre amamentação seja transmitido entre mulheres próximas, assim sendo, mesmo aquelas que têm o seu primeiro filho beneficiam-se da experiência de outras.…”

A importância das políticas públicas de incentivo ao aleitamento materno exclusivo em lactentes na Atenção Básica: uma revisão integrativa

“…Uma outra política relacionada ao AM é a Lei de Amamentação, de novembro/15, que, de acordo com Neves (2020), limita a comercialização de substitutos de leite materno, promovendo a licença maternidade de 4 a 6 meses com melhora nos processos sistemáticos dos bancos de leite. Essas políticas citadas são algumas dentre aquelas que auxiliaram o Brasil a receber, em março de 2016, o reconhecimento da Organização Pan-Americana de Saúde como país de referência mundial no incentivo e evolução das taxas de amamentação.…”