USP]. Objetivo:Estudar o impacto do trabalho noturno e em turnos de revezamento de 12 horas sobre o estado nutricional de trabalhadores de uma indústria pesada. Métodos: Estudaram-se 47 trabalhadores, de 27 a 55 anos de idade, de uma indústria localizada no Estado de São Paulo. Informações sobre dados antropométricos, natureza da atividade, escolaridade ,estado civil e faixa salarial foram obtidos para caracterização da amostra.Analisou-se o IMC da população para a avaliação do estado nutricional .Os hábitos alimentares foram obtidos através da aplicação de um diário alimentar de 6 dias, acompanhando escala de turnos de revezamento 3x3. Resultados: A população estudada apresentou média de idade de 40 anos, baixa escolaridade, média de 13 anos de permanência na empresa, 2 anos trabalhados em turnos de revezamento de 12 horas e faixa salarial média de 7,76 salários mínimos.Encontrou-se 68% de prevalência de sobrepeso e obesidade, IMC médio de 26,58 kg/m2. A dieta dos trabalhadores, apresentou-se com adequação superior ao recomendado em proteínas e lipídeos e adequada em carboidratos.A média de refeições realizadas pelos trabalhadores foi de 4, 1 O/dia.Comparando-se a alimentação da população da amostra entre os turnos de trabalho e a folga, a do turno do dia apresentou-se melhor que a da noite e a da folga. A noite e na folga os trabalhadores consomem menos calorias, proteínas e fazem menos refeições do que na escala do dia. Em relação ao Programa de Alimentação do Trabalhador ( PAT ) a alimentação oferecida pela empresa excede às recomendações. Conclusão: O estudo permite afirmar que a organização do trabalho noturno e em turnos , embora não possa ser responsabilizado diretamente pelo estado nutricional dos trabalhadores, afeta o consumo alimentar adequado dos trabalhadores havendo uma oscilação no consumo de energia, macronutrientes e número de refeições.