Violência sexual na adolescência, perfil da vítima e impactos sobre a saúde mental

Abstract

Abstract

Protagonism of Adolescents in Planning Actions to Prevent Sexual Violence

“…24 A research conducted throughout Brazil reveals particular behavioral, family and socioeconomic characteristics of victims of sexual violence, highlighting alcohol as a factor of great magnitude for the occurrence of this type of violence. 28 It is important to understand the context of sexual violence against adolescents, which requires knowledge of cultural, structural, social, economic, psychological and physical aspects in view of the exposure of this population to the most prevalent risk factors.…”

Abuso sexual infantil e consequências na vida adulta: uma revisão sistemática

“…A violência doméstica, que precede o abuso sexual contra crianças e adolescentes, consiste em um sério problema de saúde pública definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2006 Embora mesmo com a criação de leis, estatísticas nacionais e internacionais apontam que a violência doméstica é, ainda, um sério problema em termos de ocorrência e de prevalência (Junior et al 2015). Dentre as diferentes modalidades de violência sofridas, ressaltam abandono de incapaz, estupro, corrupção de menores, entre outros (Garbin, et al,2011 Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e93391110484, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10484 6 Numa pesquisa realizada por Fontes, Conceição, Machado, (2017), com objetivo de analisar os impactos do abuso sexual na adolescência sobre variáveis relacionadas à saúde mental e identificar as características das vítimas. Constatou que os adolescentes abusados representam cerca de 4% do total de participantes e a prevalência varia segundo o tipo de abuso sexual apontado, sendo maior para o abuso sexual sem contato físico e menor para o com contato físico (Fontes et al 2017).…”

“…A criança que se desenvolve num lugar violento pode manifestar sinais como dificuldade para expressar-se, baixo autoestima, e ainda a percepção de ter poucos amigos (Garbin et al 2011, Fontes et al 2017. O ASI contribui para muitos danos para a saúde física e especialmente psicológica das vítimas (Platt, et al,2016).…”

Fatores de risco associados à exposição de adolescentes à violência sexual

“…A interrelação do início precoce do abuso e/ou exploração sexual persistente sugere que a educação e o apoio familiar foram eficazes em algumas situações para a descontinuidade dessas injúrias, mas em outros casos a família pode ser considerada um fator desencadeador desse processo de violência sexual (30,18). Os adolescentes, ao residirem com os pais ou responsáveis, estão sob supervisão familiar sendo considerado um fator de proteção, já que nessa visão os adolescentes se tornam menos suscetíveis à violência sexual (18,(56)(57)(58)(59). No entanto, os próprios pais podem ser os agressores estabelecendo uma relação de poder sobre a vítima, inibindo o processo de denúncia permitindo, dessa forma, que a violência sexual seja persistente contra esse jovem (59, 60).…”