Este estudo visa descrever aspectos assistenciais das mulheres que tiveram natimortos com peso maior ou igual a 2.500g e que morreram antes ou durante os seus nascimentos, de mães residentes no município do Rio de Janeiro (MRJ) nos anos de 2008 a 2017. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, utilizando dados secundários, integrando variáveis relacionadas aos óbitos destes bebês, a partir dos dados secundários dos Sistemas de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Nascidos Vivos (SINASC). A coleta dos dados ocorreu durante os meses de janeiro a março de 2019. A taxa de natimortalidade no período estudado foi de 10,1/1000 nascidos e a taxa de natimortalidade de fetos com 2500g ou mais foi de 2,42/1000 nascidos. A faixa etária materna mais frequente foi de 20 a 34 anos, a escolaridade de 4 a 11 anos de estudo, o parto vaginal foi a principal via de nascimento, o sexo masculino apresentou maior frequência de natimortalidade, a grande maioria dos óbitos foi antes do parto e tiveram como local de ocorrência, os hospitais. As afecções originadas no período perinatal foram as mais prevalentes e o declínio dos óbitos não investigados se deu em 2010, possível relação com a obrigatoriedade da vigilância destes óbitos a partir deste ano.