“…Para o Pedro Tauil 1 , uma possível explicação para esse baixo engajamento na prevenção do dengue é que o modelo desenvolvido baseia-se em métodos verticais, que busca a eliminação do mosquito por meio de inseticidas, colocando a população como mera espectadora de ações previamente definidas. Gonçalves et al2 ressaltam que além da necessidade de se desverticalizar o modelo usado no dengue e imprimir práticas de educação continuada, é importante se desenvolver o senso de responsabilidade e não de culpa nos indivíduos, e o de promover o diálogo entre ciência e senso comum, a fim de que diversos conhecimentos sociais possam servir de suporte para a implementação de estratégias adequadas que levem em conta interesses, necessidades, desejos e visões de mundo de cada comunidade.A Organização Mundial da Saúde 3 , no relatório da última reunião de peritos sobre LV realizada em 2010, destaca que a mobilização social no sentido de mudar comportamentos da população requer estratégias eficazes de comunicação, destacando o diálogo permanente entre população e profissionais de saúde.Carmo et al4 chamam a atenção para a importância de se avançar na compreensão da doença, para além de características clínicas e epidemiológicas, contemplando a percepção de atores sociais diretamente envolvidos com a prevenção e o controle, e que esta compreensão pode contribuir para a efetividade destas ações. Neste artigo referido, foram identificadas dúvidas tanto da população quanto dos profissionais de saúde sobre a LV, bem como a culpabilização do indivíduo pela não adesão a medidas, sobretudo, de manejo ambiental.Abordagens que destaquem o papel do ambiente Debate sobre o artigo de von Zuben & Donalísio Debate on the paper by von Zuben & Donalísio Debate acerca del artículo de von Zuben & Donalísio http://dx.doi.org/10.1590/0102-311XCO020616 da Luz Z. M. P.…”