A maquinaria judicializante e o governo de infâncias desiguais

Marafon, Giovanna

doi:10.1590/1413-73725000114

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“…É importante notar que isso não fez sumir o recurso à lei, ao direito. Pelo contrário, ele foi cada vez mais invadido pela ideia de norma (Marafon, 2014).…”

Section: O Lugar Da Criança Na Modernidade E Na Contemporaneidadeunclassified

A Infância Marginal e o Governo do (Im)Possível

Quagliatto

Paravidini

2018

Rev. Subj.

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As crianças passaram a ser fonte de interesse e preocupação social e política a partir do advento da modernidade. A criação de legislação para o cuidado da infância surge para tentar resolver o problema das crianças que se encontravam fora da norma, que estavam à margem do padrão médio, o qual se denomina, neste trabalho, de infância marginal. Busca-se resgatar a história dessa infância no Brasil e trazer à tona a trama discursiva acerca das relações de poder e de saber, na modernidade e na contemporaneidade, que engendram ideias e práticas sobre as crianças marginais. A partir desse levantamento, pôde-se perceber que as propostas de governamentalidade da infância marginal fracassam continuamente, bem como o uso de práticas violentas e segregatórias que retornam o tempo todo no trato com essas crianças. Para se analisar tais achados, desenvolve-se uma hipótese das intenções públicas para com a infância marginal, estendendo-se às políticas e práticas atuais, como as de investimento na primeira infância. Por fim, propõe-se um direcionamento para pensar uma forma possível de cuidado com a infância marginal.

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“…É importante notar que isso não fez sumir o recurso à lei, ao direito. Pelo contrário, ele foi cada vez mais invadido pela ideia de norma (Marafon, 2014).…”

Section: O Lugar Da Criança Na Modernidade E Na Contemporaneidadeunclassified

A Infância Marginal e o Governo do (Im)Possível

Quagliatto

Paravidini

2018

Rev. Subj.

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“…Tomamos algunos elementos desde los Estudios de Gobernamentalidad (BARRY; OSBORNE; ROSE, 1996) y nos basamos en investigaciones que han dado cuenta de cómo programas orientados a JIL buscan alinear ¿Quién gobierna? Gobernamentalidad en la intervención de adolescentes infractores en el sur de Chile H subjetividades tanto de interventores como de sujetos de intervención con ideales de gobierno (CARRASCO- MA-DARIAGA, 2018;MARAFON, 2014;VALDENEGRO;FLÁNDEZ, 2016). Sin embargo, nos interesa explorar las formas en que los jóvenes responden a este ejercicio de gobierno, pues creemos que estas no han sido tan atendidas.…”

Section: Introductionunclassified

¿Quién gobierna? Gobernamentalidad en la intervención de adolescentes infractores en el sur de Chile

Madariaga

Vaga-Mosquera²,

Bustamante-Rivera³

2022

Fractal, Rev. Psicol.

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In Chile, several investigations coincide in affirming that the implementation of the Adolescent Penal Responsibility Law has failed to protect the rights of penalized youth. From the theoretical perspective of governmentality, this study aims to understand the articulation between government technologies and the subjectivization practices of adolescents with a law violation in an Assisted Freedom program in southern Chile. We used a qualitative methodology of case study of the program that consisted of interviews with staff, observation of workshops, analysis of documents and Facebook profiles of adolescents. As main results we affirm that in the program there is an articulation between the technologies that seek to govern adolescent behaviors and the practices or technologies of the self of adolescent that allows both, the maintenance of the program, and counter-behaviors of the teenagers who conflict with the law. The role of the bidding system for these programs and its relationship with the penal logic of quantifying sanctions in the production of subjects are discussed.

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Evasão Escolar Ou Expulsão: Por Que Alunas-Mães Abandonam a Escola?

Ratusniak,

Silva

2023

Psicol. Esc. Educ.

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RESUMO Este artigo problematiza os efeitos da judicialização da evasão escolar na vida de alunas-mães citadas nos processos judiciais por abandono intelectual, instaurados em uma comarca do sul do Paraná, em 2018. Utiliza como aporte teórico os estudos foucaultianos, de desigualdade de gênero e raça. As fontes de dados são o Questionário Evasão Escolar e dados dos históricos escolares e das matrículas, empreendendo uma análise interseccional dos marcadores sociais raça e gênero. Os resultados encontrados indicam um percurso de reprovações e desistências anteriores à maternidade e à judicialização da evasão escolar, escondendo um longo processo de fracasso escolar, que resultou na expulsão. Os processos judiciais reforçam os deslocamentos das biopolíticas para as alunas grávidas e com filhos/as, produzindo a desigualdade de gênero e raça no espaço escolar, e evidenciam a fragilidade das políticas públicas que garantam, de fato, o direito à educação para as alunas-mães.

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A maquinaria judicializante e o governo de infâncias desiguais

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