'Dunque non sognate, fate fatti non solo parole': Bernardino de Siena e a proposta franciscana de uma religião civil

Abstract

Um dos expoentes máximos da Ordem franciscana no século XV, o frade Bernardino de Siena (1380-1444) firmou sua pregação na caritas intentando sua aplicação no horizonte social e político da civitas para promover o bem viver nas res publicae da Itália de seu tempo. Analisamos aqui a múltipla função política dessa caritas bernardiniana, buscando esclarecer sua relação com a pedagogia política, com valores civis, políticos e de mercado. Para uma compreensão mais completa do horizonte de aplicação dessa caritas, investigamos o alinhamento do frade com uma textualidade política e econômica franciscana produzida no século XIV, estabelecendo um paralelo com os valores e propostas civis, políticas e econômicas realizadas por Francisco Eiximenis (1330-1409), frade menor que atuou nos territórios ibéricos e sicilianos da Coroa catalão-aragonesa.

La molteplice funzione politica di un episodio agiografico: il servizio di Bernardino da Siena all’Ospedale della Scala durante la peste

“…9 È essenziale cogliere come in questo racconto l'aspetto "miracoloso" non sia la protezione divina per chi volontariamente assiste i malati -molti moriranno in tale servizio -ma il riattivarsi della carità nella vita della città. Una caritas che è qui eminentemente virtù politica, radicata nella riflessione della testualità francescana -e bernardiniana -in materia (EVANGELISTI, 2015). Viene qui espresso in maniera chiara l'ideale di una «carità cristomimetica e civile» -come l'ha definita Paolo Evangelistimodellata sull'esempio di Cristo che offre la sua vita per gli altri e basata sull'equiparazione tra il sacrificio dei fideles per Cristo e il sacrificio dei cives per la comunità (EVANGELISTI, 2004, p. 104-105 et EVANGELISTI 2008.…”

Do trecento ao cinquecento: história da língua italiana na perspectiva do contato e das políticas linguísticas

“…Sua língua literária chegava aos recantos da península, sem que tivesse impacto real na fala dos homens desses lugares. Faltava ainda algum elemento de ligação entre os pontos, papel desenvolvido pela Igreja Católica (AQUINO, 2016;EVANGELISTI, 2015;DANIEL-ROPS, 2014a;1996;HERTLING, 1989). Seus pregadores e santos fizeram com que o fiorentino falado chegasse a locais que, sem a atuação da Igreja, demorariam ainda séculos para chegar; ou, possivelmente, nem chegariam, uma vez que não dá para dimensionar quais seriam os desdobramentos possíveis para a península italiana sem o fator de coesão que a língua possibilitou ao território.…”