2020
DOI: 10.1590/0104-4060.75102
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Saberes encruzilhados: (de)colonialidade, racismo epistêmico e ensino de filosofia

Abstract: RESUMO O artigo tem como objetivo apresentar o debate acerca da modernidade/colonialidade e sua crítica ao racismo epistêmico. Na análise são discutidos desde a perspectiva teórica do pensamento decolonial, os efeitos, os rastros, as estruturas persistentes da colonialidade na formação docente brasileira, e de modo especial, nos currículos de filosofia. Trata-se, ademais, de problematizar o descompasso entre as tendências acadêmicas hegemônicas de perspectiva eurocentradas, que desconsideram as determinações g… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

0
0
0
5

Year Published

2021
2021
2023
2023

Publication Types

Select...
3
2

Relationship

1
4

Authors

Journals

citations
Cited by 5 publications
(7 citation statements)
references
References 4 publications
0
0
0
5
Order By: Relevance
“…E se as lutas da atualidade têm apontado para a necessidade permanente -e incondicional -desse exercício, nos cabe propor ações concretas que se contraponham às práticas que reforçam os padrões coloniais/racistas/patriarcais. Essa postura político-epistemológica é imprescindível para que se reordenem os enunciados e as agendas políticas, bem como a estrutura racializada de poder das instituições e dos currículos (REIS, 2020b). Trata-se de reconfigurar e repactuar o contrato racial forjado pelos códigos da branquitude, salientando para os efeitos de violência produzidos por ele, na medida em que a branquitude olha "para si como moralmente ideal, decente, civilizada e majestosamente generosa, em controle total e livre da inquietude que sua história causa" (KILOMBA, 2019, p. 37).…”
Section: Por Que Conta?unclassified
“…E se as lutas da atualidade têm apontado para a necessidade permanente -e incondicional -desse exercício, nos cabe propor ações concretas que se contraponham às práticas que reforçam os padrões coloniais/racistas/patriarcais. Essa postura político-epistemológica é imprescindível para que se reordenem os enunciados e as agendas políticas, bem como a estrutura racializada de poder das instituições e dos currículos (REIS, 2020b). Trata-se de reconfigurar e repactuar o contrato racial forjado pelos códigos da branquitude, salientando para os efeitos de violência produzidos por ele, na medida em que a branquitude olha "para si como moralmente ideal, decente, civilizada e majestosamente generosa, em controle total e livre da inquietude que sua história causa" (KILOMBA, 2019, p. 37).…”
Section: Por Que Conta?unclassified
“…Personificam os poderes ligados ao cultivo da terra e à sensibilidade ligada à natureza. Essas ancestrais também são chamadas de Ajé, o que em iorubá significa bruxa ou feiticeira, embora não sejam realmente bruxas, mas as avós, ou as mães em cólera que, sem sua boa vontade, as sociedades se desintegrariam e a vida não poderia continuar (CARNEIRO; CURY, 1993;DRAVET, 2013;REIS, 2020;VERGER, 2018). Iyami Oxorongá tem a coruja, pássaro noturno, como efígie.…”
Section: Giras Poderosasunclassified
“…Embora possamos determinar o tipo de poder correspondente a cada Orixá, todos se encontram reunidos nas Orixás femininas, constituindo uma só força que poderíamos chamar de força matriz do universo, força que dá a vida, gera, transforma, ama e cria. Os orixás apresentam elementos e forças da natureza, estando, cada orixá, associada a determinados elementos tais como plantas, animais, cores, atmosferas, situações climáticas e emoções (CARNEIRO; CURY, 1993;COSTA, 2015;DRAVET, 2013;REIS, 2020;VERGER, 2018).…”
Section: Giras Poderosasunclassified
“…Seguindo os passos de M., levado pelo compasso de suas andanças, penso que a necessária descolonização e o enfrentamento às necroinfâncias, orientadas para aniquilação existencial das crianças negras, impõem a resistência ativa à matriz colonial das relações de poder/saber (Reis, 2020b). À prova de balas, das balas que atravessam e fulminam os corpos brincantes, a educação como encantamento fecha o corpo para os cídios que, no solo da diáspora, dão a tônica das políticas de morte -dos livros didáticos e currículos às balas de fogo achadas em corpos negros.…”
Section: Considerações Sem Finaisunclassified