2018
DOI: 10.1590/0104-4060.57222
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A atualidade dos conceitos de “africanidades brasileiras”, “valores de refúgio” e “enegrecer” da autora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva para a pesquisa em educação

Abstract: Entre Brasil e África: construindo conhecimento e militância, da pesquisadora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva é mais uma de suas obras que nos prende por todas suas páginas por estar repleta de reflexões teóricas, definidas ou (re)significadas, que nos levam a ponderar sobre a relação da pesquisa científica e o real papel da pesquisa científica brasileira.Redigido como parte de um memorial, o livro está dividido em 174 páginas, e dez capítulos, e consegue desde as primeiras páginas, em poesia, incitar-nos… Show more

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“…Percebe-se, ainda, que as análises dos dados indicaram que as formações docentes mantiveram uma estreita relação com a legislação mobilizada nas políticas públicas afirmativas, sobretudo em relação à Lei 10.639/2003. Ainda conforme Silva (2008), ao se referenciar a palavra africanidades, valoriza-se a cultura brasileira, que tem sua base na ancestralidade africana. Em outras palavras, menciona-se os modos de existência e de resistência próprias do povo negro independentemente da origem étnica de cada brasileira/o, fazendo com que essas marcas da cultura africana reflitam no cotidiano da educação infantil.…”
Section: A Formação Continuada De Professoras/es E Suas Africanidadesunclassified
“…Percebe-se, ainda, que as análises dos dados indicaram que as formações docentes mantiveram uma estreita relação com a legislação mobilizada nas políticas públicas afirmativas, sobretudo em relação à Lei 10.639/2003. Ainda conforme Silva (2008), ao se referenciar a palavra africanidades, valoriza-se a cultura brasileira, que tem sua base na ancestralidade africana. Em outras palavras, menciona-se os modos de existência e de resistência próprias do povo negro independentemente da origem étnica de cada brasileira/o, fazendo com que essas marcas da cultura africana reflitam no cotidiano da educação infantil.…”
Section: A Formação Continuada De Professoras/es E Suas Africanidadesunclassified
“…reconhecimento do ambiente escolar como espaço privilegiado para a realização de um trabalho pedagógico que possibilite o respeito e a valorização da diversidade étnico-racial, ao mesmo tempo que construa sensibilidades e estratégias de enfrentamento das desigualdades raciais.TantoGomes (2012) quantoCavalleiro (2001) defendem que o empreendimento de uma educação antirracista não deve significar necessariamenteou simplesmenteincluir uma nova disciplina nos currículos escolares, mas deve implicar uma mudança cultural e política no campo curricular e na organização dos tempos e espaços escolares, que só poderá acontecer a partir de uma reflexão profunda sobre o modo como os sujeitos da escola agem e pensam a diversidade que compõe tanto o espaço escolar quanto a sociedade.Para outra importante intelectual negra, Petronilha Silva, educação antirracista deve estar focada na aprendizagem e ensino das africanidades brasileiras, ou seja, nas raízes da cultura brasileira que têm origem no continente africano. Assim, uma educação antirracista, segundo a autora, estaria preocupada em trazer para o contexto educacional os modos de ser, de viver, de organizar suas lutas, próprios dos negros brasileiros, assim como as marcas da cultura africana que fazem parte do cotidiano de vários brasileiros, independentemente de sua origem étnica(SILVA, 2005).Discorrendo sobre as novas abordagens e conteúdos vinculados à História da África, em uma perspectiva de conhecimento descolonizador, Kambundo e Santos (2015) lembram que o primeiro ponto a ser problematizado é o mito eurocêntrico da não historicidade africana, base de toda a desigualdade perpetrada no continente africano e em seus descendentes vivendo na diáspora. Outra estratégia de conhecimento decolonial consiste no estudo da África a partir da pluralidade de fontes históricas existentes, desconstruindo a ideia equivocada de primazia da fonte escrita sobre a fonte oral.…”
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