Neste artigo buscamos apresentar um breve diálogo acerca dos ataques e desmontes educacionais que têm sido promovidos ao longo dos últimos anos por parte do Estado e dos agentes reformadores da educação. Do mesmo modo, demonstramos que estas políticas não são aceitas de forma pacífica ou alienada, sendo promovidos inúmeros movimentos de resistência, principalmente nas regiões periferizadas, por parte dos sujeitos educandos. Estas resistências manifestam-se, majoritariamente, no plano do cotidiano e local. As considerações aqui colocadas são fruto de estudos realizados em conjunto com estudantes da região periférica da cidade de Curitiba/PR, protagonistas do movimento de ocupações de escolas no ano de 2016, por meio de entrevistas e oficinas de cartografia colaborativa. Para tanto, subdividimos a discussão em três momentos, no primeiro apresentamos quais são as políticas educacionais que têm sido implementadas nos últimos anos, num segundo momento evidenciamos as resistências construídas no plano do cotidiano, que se contrapõem a lógica anteriormente exposta, fechando por fim com um debate voltado para o ensino de geografia, buscando repensá-lo tendo por base as vivências, territorialidades e experiências dos educandos.
Palavras-chave
Políticas educacionais, Resistência cotidiana, Geografia escolar.
From educational policies and disassembles to peripheral everyday resistance: other ways to think Geography teaching curricules
Abstract
In this article, we seek to present a brief discussion about attacks and dismantlings on education, promoted by the State and reformers of education over the last few years. Also, we demonstrate that these policies are not accepted in a peaceful or alienated way, with student subjects promoting many resistance movements, mostly in peripheralized regions. These resistances manifest themselves mainly on an everyday life and local basis. The considerations made here are the result of studies held with students of the peripheral region of Curitiba/PR, protagonists of the school occupations movement of 2016, through interviews and collaborative cartography workshops. For this purpose, we subdivided this discussion in three moments, in the first we present what are the educational policies implemented in the past years, in the second we highlight the resistances built on everyday life, opposing the logic presented before, closing with a discussion towards the teaching of geography, to rethink it based on students experiences and territorialities.
Keywords
Educational policies, Everyday resistance, School Geography.