O ensino experimental na escola fundamental: uma reflexão de caso no Paraná

Abstract

"(...) a incrível falha das escolas tradicionais, até estes últimos anos inclusive, consiste em haver negligenciado quase que sistematicamente a formação dos alunos no tocante à experimentação." "(...) uma experiência que não seja realizada pela própria pessoa, com plena liberdade de iniciativa, deixa de ser, por definição, uma experiência, transformando-se em simples adestramento, destituído de valor formador por falta da compreensão..." Jean Piaget (Para onde vai a Educação?) * A versão preliminar deste texto foi originalmente produzida para a Secretaria de Estado da Educação-Paraná, como resultante de consultoria sobre o papel do laboratório no processo usual de regulamentação das escolas públicas, realizado pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná.

Experimentos Em Genética E Bioquímica: Motivação E Aprendizado Em Alunos Do Ensino Médio De Uma Escola Pública Do Estado Do Maranhão

“…A subutilização dos laboratórios é frequentemente observada nas escolas, muitas vezes por ausência de material, equipamentos ou espaço adequado (GIOPPO et al, 1998). Entretanto, segundo o trabalho de Possobom (2003) a situação pode ser facilmente contornada com a utilização de materiais de baixo custo e adaptação à infraestrutura disponível, de forma a tornar este ambiente apto para a experimentação, proporcionando maior aprendizado, motivação e interação dos alunos com as ciências (POSSOBOM, 2003).…”

Avaliação dos laboratórios de ciências e biologia das escolas públicas e particulares de Maringá, Estado do Paraná

“…Porém, estas experimentações deverão ser mais simples por causa de questões relacionadas à segurança das pessoas neste local e também pela falta de equipamentos, de materiais e até de espaço físico. Gioppo et al (1998) evitando-se assim utilizar as aulas da carga horária normal. Nestas escolas, os laboratórios de Ciências e/ou Biologia, Física e Química estão em melhores condições para a execução de aulas práticas quanto aos aspectos de infraestrutura, recursos para a obtenção de materiais e equipamentos e manutenção desses equipamentos, melhor organização por parte dos professores e da escola e, também, condições para que os alunos frequentem estas aulas no contraturno.…”

As Transformações E as Permanências De Conhecimentos Sobre Atividades Experimentais Em Um Contexto De Formação Inicial De Professores De Química

“…Em relação às atividades, os estudantes: a) inicialmente, responderam, de forma individual, a um instrumento para explicitar seus conhecimentos prévios discutidos na sequência das aulas, a saber: "Imagine que você é professor(a) de Química no ensino médio, narre como você desenvolveria uma atividade experimental em uma das turmas que você é professor(a)"; b) discutiram sobre uma atividade experimental relativa ao conteúdo reações química e conservação da massa presente em Gonçalves e Brito (2014)2 realizada pelo formador, na qualidade de um exemplo de como pode se constituir uma atividade experimental que incorpora características sinalizadas na literatura da área de Ensino de Ciências. c) apresentaram três seminários, sendo que cada grupo (três grupos com três integrantes cada) responsável por um seminário se apoiou em uma referência (Gonçalves & Marques, 2011;Silva & Zanon, 2000;Gioppo, Scheffer, & Neves, 1998) disponibilizada pelo professor, que promoveu um seminário preliminar como um exemplo e fundamentado em outra referência (Borges, 2004), totalizando quatro seminários. A leitura das referências foi solicitada como atividade extra-aula a todos independentemente da apresentação dos seminários; d) realizaram atividades de discussão em pequenos grupos a partir de questões decorrentes da apresentação dos seminários; e) analisaram, em pequenos grupos, propostas de experimentos presentes em livros didáticos, previamente selecionadas pelo formador, e escreveram um parecer (embora a atividade fosse em grupo, cada licenciando deveria realizar o seu parecer, uma vez que, não obrigatoriamente, deveria assumir posições consensuais que, muitas vezes, podem ser artificiais) sobre a proposta de experimento para posterior socialização e debate no grande grupo; f) com base nos pareceres relativos às análises das propostas de experimento em livros didáticos, propuseram um plano de aula com uma nova sugestão de atividade experimental, seguida de exposição e discussão no grande grupo (os licenciandos não necessariamente deveriam ter consenso na elaboração do plano de aula, podendo escrever planos de aula diferentes); g) analisaram, em pequenos grupos, propostas de experimento, previamente selecionadas pelo formador, presentes em um periódico de Ensino de Química, e produziram um parecer (assim como mencionado no item "e", os pareceres deveriam ser individuais) sobre a proposta de experimento para o processo de socialização, igual ao do item "e"; h) elaboraram um plano de aula com uma atividade experimental a partir do parecer do item "g" para o debate posterior no grande grupo nas mesmas condições do plano de aula caracterizado no item "f"; i) redigiram individualmente uma narrativa sobre uma atividade experimental marcante ao longo da vida escolar; j) e, a partir da leitura da narrativa de um colega, escreveram uma carta e encaminharam ao colega autor da narrativa com considerações concernentes às atividades experimentais.…”