2018
DOI: 10.1590/010318138652730402141
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Arranjos Violentos E Esperança: Como a Linguagem Dos Direitos Humanos Operou Num Atentado Em Fortaleza, Ce

Abstract: RESUMO Este artigo tem por objetivo descrever algumas formas de resistência a arranjos violentos contemporâneos - entendidos como as relações tensas, no Brasil, entre grupos do crime organizado violento e entre estes e o mundo público - que emergiram na fala de pessoas que sobreviveram ou foram afetadas por um atentado terrorista no bairro do Benfica, em Fortaleza, CE, ocorrido em março de 2018. Em linha com outros estudos sobre formas de florescimento subjetivo e coletivo em circunstâncias de violência ou des… Show more

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“…Essas narrativas de esperança são compreendidas aqui como prática, em diálogo com a linguística aplicada e a antropologia linguística (Silva & Alencar, 2018;Silva, 2020;Bauman, 2004;Bauman & Briggs, 2006;Briggs, 2007;Lopes et al, 2019), bem como com a ótica bakhtiniana da linguagem como interação. Como essas narrativas de esperança se organizam e se manifestam?…”
Section: Narrativas De Esperançaunclassified
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“…Essas narrativas de esperança são compreendidas aqui como prática, em diálogo com a linguística aplicada e a antropologia linguística (Silva & Alencar, 2018;Silva, 2020;Bauman, 2004;Bauman & Briggs, 2006;Briggs, 2007;Lopes et al, 2019), bem como com a ótica bakhtiniana da linguagem como interação. Como essas narrativas de esperança se organizam e se manifestam?…”
Section: Narrativas De Esperançaunclassified
“…A esperança, seja como necessidade ontológica (Bloch, 2005;Freire, 1992), seja como método (Miyazaki, 2004), categoria de experiência e análise (Crapanzano, 2003), política (Appadurai, 2013;Parla, 2019), recurso trágico contra o desespero (Eagleton, 2015), força generativa (Lempert, 2018), resistência que floresce em meio à violência e destruição política (Lear, 2006;Silva & Alencar, 2018) sempre envolve maneiras de imaginar o futuro. O que leva este artigo para campos como antropologia do tempo (Leach, 1961;Fabian, 2014;Gell, 2014;Eckert & Rocha, 2013), antropologia do futuro (Bryant & Knight, 2019) e antropologia da imaginação (Crapanzano, 2005).…”
Section: Te Vejo No Pódiounclassified
“…Creio que o último elemento -contestação -tem a ver com algo que eu presenciei em quase todos os cursos de formação, grupos focais, entrevistas e demais interações de que participei com os/as ativistas do Complexo do Alemão. Seguindo um movimento de pesquisas bastante intenso em ciências humanas, "contestação" é um outro nome para a esperança como método (Miyazaki, 2004), razão prática (Bloch, 1986) e modo situado de resistir a condições de precariedade, incerteza ou violência (Borba, 2019;Bonnin, 2021;Heller & McElhinny, 2017;Lear, 2006;Silva & Alencar, 2018;Silva & Lee, 2021). "Contestação" é sobretudo o que move a intensa atividade política e epistêmica que venho testemunhando no Complexo de favelas do Alemão, desde 2012, quando pela primeira vez subi o morro.…”
Section: Continua O Autorunclassified