Tandem, Autoavaliação E a Autonomia Na Aprendizagem De Línguas Estrangeiras

Abstract

RESUMO A implementação da ferramenta tandem no processo de ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira ou Adicional (LE/LA) proporciona contextos reais de interação em que as responsabilidades são compartilhadas entre os alunos: ora aprendizes, ora mestres. Nesses casos, a autonomia e a reciprocidade possibilitam reunir presencialmente e virtualmente estudantes de idiomas de distintas culturas ampliando o conteúdo aprendido em sala e os horizontes profissionais e culturais de acordo com objetivos individuais. Esse pedalar na mesma direção implica uma mútua colaboração, assim como funciona em qualquer outra relação entre pessoas que almejam beneficiar-se de uma parceria. A responsabilidade conferida aos parceiros tandem impõe-lhes e concede-lhes a oportunidade de definirem seus próprios objetivos e de criarem estratégias para alcançar suas metas (BRAMMERTS & CALVET, 2003, p. 33). Assim, a autoavaliação torna-se primordial para um exercício crítico e constante da aprendizagem. Por esse viés, este trabalho pretende analisar a relevância de atividades de autoavaliação no processo de ensino-aprendizagem de línguas próximas (português e espanhol), com foco nas estratégias desenvolvidas pelos aprendizes para um maior aproveitamento dessa ferramenta didática. Para tal projeto, investigamos os aportes teóricos e fichas de autoavaliação desenvolvidos nesse modelo pedagógico (MESQUITA, 2008; CAVALARI, 2009; FURTOSO, 2011). Os dados foram gerados através do acompanhamento meticuloso de sessões de tandem e teletandem na UNILA e na UNIOESTE, da elaboração e aplicação de questionários e grades de (auto)avaliação, bem como de sessões de Conversa Reflexiva com os pares. Os resultados preliminares apontam para o desenvolvimento, em alunos e professores, da real consciência de que o aprendiz de LE é também agente de seu aprendizado. Essa mudança de concepção leva, consequentemente, alunos e professores a reexaminarem seus papéis; ação que provoca uma maior participação dos alunos no processo de ensino-aprendizagem-avaliação dos cursos de LE. Todo esse processo resulta, enfim, em um maior aproveitamento do estudante.

Promoting the development of autonomy in the context of teletandem in language teacher education

“…For some students, reflecting on their learning is a kind of assessment of their performance and progress, which gives a sense of achievement and hence motivates them to do it continuously. This finding is supported by Tirloni and Rammé (2015), who claim that students are capable of assessing their own learning progress as shown in the following excerpts, I mean of the all the sessions I tried to check my notes, my portfolio and I could consider if I, if I improved it or not (JACK).…”

“…However, they stressed that "what the students did not seem to realize is that tandem language learning by email provided them with an opportunity to become autonomous learners by taking responsibility for their own learning process as well as that of their partners" (p. 262). Tirloni and Rammé's (2015) study on the relevance of self-assessment in a tandem setting, on the other hand, revealed that students became aware of their active role in learning, which allowed them to participate more in their learning and assessment process. Tirloni and Rammé (2015) suggest that "the tandem tool, in addition to being a tool for the development of the oral ability, emerges as an awareness and promotion practice of autonomy since students are in a real situation of the use of the language" (p. 463) 5 .…”

“…Tirloni and Rammé's (2015) study on the relevance of self-assessment in a tandem setting, on the other hand, revealed that students became aware of their active role in learning, which allowed them to participate more in their learning and assessment process. Tirloni and Rammé (2015) suggest that "the tandem tool, in addition to being a tool for the development of the oral ability, emerges as an awareness and promotion practice of autonomy since students are in a real situation of the use of the language" (p. 463) 5 . They further argue that, being autonomous implies being critical, and consciously choosing their goals and the paths to follow in order to achieve them.…”

“…Other studies have suggested that it also contributes to students' intercultural awareness and learning (MÜLLER-HARTMANN, 2000;O'DOWD, 2006;WARE, 2005). However, few studies have addressed the role of autonomy in virtual exchanges (VINAGRE;LERA, 2005;TIRLONI;RAMMÉ, 2015). This paper aims to contribute to this field by exploring whether telecollaboration helps students develop their autonomy to learn languages with the support of their instructors and partners.…”