“…Em nossa construção enquanto equipe multiprofissional conseguimos entender que clinicamente não seria um agravo permitir que ele batesse a cabeça, desde que nos envolvêssemos de maneira aberta com ele atendendo à fenomenalidade daquele sofrimento, não esquecendo de articular essa condição às questões clínicas, como ferimentos e/ou possíveis comprometimentos neurológicos. Para tal passamos por um processo no qual a reflexão, conforme afirma Kanabus (2015), não se trata de: [...] simples cognição [...], não são apenas palavras (a troca verbal é mínima), não são simplesmente gestos (a distância mantém-se), é a corpopropriação, ouso dizer, no sentido mais forte do termo, isto é, uma inteligência da sensibilidade que está aí em jogo. (p. 337) De acordo com Antúnez e Martins (2017) "Enquanto fenômeno originário da vida, a violência comporta em si mesma a possibilidade da sua originária modalização em fruir.…”