2015
DOI: 10.1590/0103-166x2015000300021
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Do trauma psicossocial às situações-limite: a compreensão de Ignácio Martín-Baró

Abstract: Este ensaio constitui-se como uma revisão-síntese preliminar da concepção de Ignácio Martín-Baró sobre o trauma psicossocial, considerando algumas de suas obras. Pretende-se destacar a concepção crítica no interior da Psicologia Social da Libertação e, para alcançar o sentido desta acepção crítica, reflete-se sobre a ideia de situação-limite, também elaborada pelo autor, como categoria que explicita e incorpora a sua compreensão do trauma. A categoria situação-limite é, posteriormente, apresentada como dimensã… Show more

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“…De 1979 em diante, quando estoura a guerra civil salvadorenha acompanhada de um agravamento exponencial das violações de direitos humanos do povo por conta do Estado, nota-se que os caminhos teóricos que o autor seguiu foram atravessados cada vez mais por suas experiências de vida no contexto da guerra, traçando a urgência de críticas e reformulações às noções tradicionais de trauma e violência da Psicologia, emergindo, assim, a sua concepção própria de trauma e de seus sentidos para a vida das pessoas (Moreira;Guzzo, 2015).…”
Section: O Trauma Psicossocial E a Opção Pelo Psicopolíticounclassified
“…De 1979 em diante, quando estoura a guerra civil salvadorenha acompanhada de um agravamento exponencial das violações de direitos humanos do povo por conta do Estado, nota-se que os caminhos teóricos que o autor seguiu foram atravessados cada vez mais por suas experiências de vida no contexto da guerra, traçando a urgência de críticas e reformulações às noções tradicionais de trauma e violência da Psicologia, emergindo, assim, a sua concepção própria de trauma e de seus sentidos para a vida das pessoas (Moreira;Guzzo, 2015).…”
Section: O Trauma Psicossocial E a Opção Pelo Psicopolíticounclassified
“…A noção de trauma psicossocial conecta-se com a ideia de história de longa duração de Braudel, que coloca em evidência a não linearidade do vivenciado, o caráter coletivo e muitas vezes inconsciente dos processos sociais e das consequências de acontecimentos marcantes. Ao mesmo tempo, afasta-se da acepção do termo para a psicologia hegemônica, especialmente da noção psicanalítica de trauma, que o toma como um evento ou acontecimento localizado no passado que afeta e prejudica o funcionamento mental ou psíquico do sujeito singularmente considerado, nos aspectos cognitivo, social ou emocional e de certo modo como adoecimento irrefutável de índole negativa e patológica Guzzo, 2015).…”
Section: Colonialidade E Apagamento Das Ancestralidades Não Hegemônicasunclassified
“…15 nov 2022. Disponível em:https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/11/15/quase-metade-dos-terreiros-do-pais-registrou-ate-cinco-ataques-nos-ultimos-dois-anos-mostra-pesquisa.ghtml) como uma oportunidade para a insurgência, a ruptura, o momento que marca a identificação das contradições e, assim, impulsionam ações conscientes Guzzo, 2015). Já para Beristain (2010), os acontecimentos potencialmente traumáticos não produzem efeitos uniformes na população, mas eles variam quanto ao nível de impactos sobre os sujeitos e comunidades, em função das possibilidades de resposta e características dos sujeitos e comunidades afetadas.…”
Section: Colonialidade E Apagamento Das Ancestralidades Não Hegemônicasunclassified
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