A questão do Eu e do Outro na psicogenética walloniana

Abstract

Este trabalho examina algumas produções de Henri Wallon, com o propósito de elucidar a relação Eu-Outro. São priorizados dois artigos do autor que tratam especificamente da questão: "O papel do outro na consciência do eu", de 1946 e "Níveis e flutuações do eu", de 1956. Duas questões são postas em discussão: Como se dão as relações Eu-Outro, a partir da proposição dos estágios de desenvolvimento da teoria de Wallon? Se o Eu se constitui no social, qual o papel do socius na constituição do Eu? Finalmente, a partir das questões discutidas, são apresentadas algumas derivações pedagógicas, com foco no papel do Outro como educador.

Babies in the corporeal turn: The cognitive embodiment of early motor development and exploration in the Brazilian context of early childhood education

“…Due to high brain plasticity, the first three years of life account for the most prominent transformations in neurological development. Within this period of prolonged immaturity, survival can only be ensured by the solidarity, care, and social complementarity of the other, which the baby activates via a potent expressive and perceptual apparatus that allows intimate connection with the other and multimodal engagement with the world (Almeida, 2014;Wallon, 1959). All of this takes place in complex cultural and social environments that are the feeding sources of the development of the so-called higher psychological functions, such as thinking, memory, and language (Vygotsky, 1995).…”

O olhar walloniano sobre as concepções a respeito das crianças de seis anos: um diálogo com as professoras do 1º ano

“…Para dar sustentação teórica, utilizamos a teoria psicogenética do médico, psicólogo e educador francês Henri Wallon (1879Wallon ( -1962, que compreende o homem de forma completa e contextualizada em seu meio social e físico. Foram utilizados textos do próprio autor, Wallon (1975;1995;2007;2008) e textos de seus estudiosos como Mahoney e Almeida (2005;2011;2012), Almeida (2002;2010) e Prandini (2004.…”

Educação Ambiental na rede de ensino brasileira: uma análise baseada nas concepções Walloniana, Vygotskyana e Piagetiana

“…No Estágio Categorial, pode ocorrer o processo de estabilização relativa nos processos regulares da evolução mental, estabilidade na qual é abalada na adolescência por profundas crises. Nesse período o indivíduo se desenvolve de maneira contínua, tanto no plano motor como no afetivo, todavia as características do comportamento são determinadas, sobretudo, pelo desenvolvimento intelectual e é nesse domínio que podem ser percebidos grandes saltos (Almeida, 2014). A partir disso a criança desencadeia competências e aprende a se conhecer como ser pertencente a diferentes grupos, com diferentes papeis e atividades, toma conhecimento de suas possibilidades, adquirindo dessa forma um conhecimento mais completo e concreto de si mesma (Cintra & Almeida, 2017).…”