“…A extrema desigualdade social, os altos índices de pobreza, o racismo estrutural, a estrutura patriarcal do país e os preconceitos presentes na sociedade são exemplos de situações que, uma vez presentes na vida das(os) usuárias(os), demandam atenção especial por parte da AB. A entrada dessas demandas socio-históricas nos serviços está relacionada à noção de integralidade do SUS, que diz respeito à ampliação das possibilidades de cuidado, para além da assistência médico-curativa, e à percepção do sujeito como um ser histórico, social e político inserido em determinado contexto ambiental (Paim, 2009;Ayres, 2022). Nesse sentido, Ayres (2022) argumenta sobre a necessidade de resistir à medicalização da vida, às perspectivas individualizantes de cuidado e à desconsideração dos direitos humanos; a fim de afirmar sempre as lutas e conquistas alcançadas no contexto do SUS na direção da integralidade da atenção e da construção de caminhos emancipadores para a saúde coletiva.…”