Este estudo busca desvelar desafios enfrentados por professoras alfabetizadoras no pós-pandemia, através de pesquisa de campo de abordagem qualitativa, com grupo focal constituído por três professoras da rede pública de Campinas/SP. Os resultados apontam que atividades pedagógicas não presenciais durante a pandemia não alcançaram todos/as os/as estudantes ou chegaram para sua maioria de forma pouco satisfatória, gerando dificuldades na alfabetização – razão pela qual são necessárias ações para a recomposição de aprendizagem, acolhimento emocional e saúde mental para estudantes e professores/as que necessitem. A garantia da alfabetização no pós-pandemia desafia a comunidade escolar, requerendo prioridade política, investimento público potente e ações permanentes que permitam a estudantes o direito à educação. Desigualdades precisam ser tomadas como critérios de análise da realidade e formulação de políticas e estratégias pedagógicas, possibilitando superar defasagens de aprendizagem e construir novas realidades educacionais para estudantes, principalmente os/as mais vulneráveis.