Aspectos contextuais na construção da cogestão em Unidades Básicas de Saúde

Abstract

RESUMO A Política Nacional de Humanização tem como objetivo promover os princípios doutrinários preconizados pelo Sistema Único de Saúde, sendo a cogestão uma de suas diretrizes. Este artigo tem como objetivo descrever e compreender como aspectos contextuais favorecem ou limitam a construção da cogestão no âmbito da Atenção Básica. Trata-se de um estudo empírico e qualitativo desenvolvido em duas unidades de saúde, sendo uma tradicional e uma com Estratégia Saúde da Família (ESF). A construção do corpus se deu por meio de imersão no campo e de diário para anotação de observações e reflexões, analisados por agrupamento temático. Como resultados, descrevemos os aspectos contextuais da ESF, i.e., horário de funcionamento, equipe multiprofissional e necessidade de reuniões, formação do médico, agentes comunitários, e organização do espaço físico como facilitadores para o funcionamento em cogestão. Já os elementos contextuais da unidade tradicional, foram a estrutura organizacional, modelo médico e ausência de reuniões, horário de funcionamento, e organização do espaço físico como dificultadores para essa construção. Esperamos que esta análise promova iniciativas que considerem a importância dos aspectos estruturais, e não só o protagonismo dos sujeitos, como imprescindíveis para o processo de mudança.

Cogestão e saúde mental: revisão integrativa sobre os saberes e práticas compartilhadas na rede de saúde

“…A proposta é trabalhar sujeitos e instituições. Um movimento interferindo e modificando o outro" (Doricci & Guanaes-Lorenzi, 2020, p.1062. Sua efetivação só é possível quando ocorre o comprometimento e entendimento dos aspectos micro e macros relacionados a essa nova forma de gerir a saúde.…”

Avaliação da humanização no atendimento oferecido por uma maternidade de referência no sudoeste da Bahia

“…A Política Nacional de Humanização (PNH) surgiu em 2003, com o propósito de consolidar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) na prática médica. A humanização do atendimento consiste na valorização dos usuários, dos profissionais e dos gestores no processo de construção em saúde e equivale a uma maior autonomia do cliente no serviço, através de responsabilidade compartilhada e do trabalho conjunto, proporcionando um melhor vínculo entre a equipe de saúde e o paciente (DORICCI GC, et al, 2020).…”

Participative management in Primary Health Care: an essay on an experience in a vulnerable urban territory

“…The universal right to health and the role of the State in this guarantee were reaffirmed, incorporating spaces and devices for the democratization of the management of the health system into the political-institutional structure of the SUS. Formal channels for sharing the decisionmaking process in the relationship between State and society, such as health councils, were established, and social participation was also encouraged in other community spaces [2][3][4] .…”