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2017
DOI: 10.1590/0103-1104201711201
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A revolta contra os pobres: saúde é para poucos

Abstract: Cerca de 60 mil brasileiros e brasileiras foram assassinados em 2016. Nos últimos 10 anos, essa cifra equivale a mais de meio milhão de vítimas, número equivalente às vítimas da Guerra do Iraque. A maior parte delas jovens, pobres, pardas ou negras e vivendo em periferias urbanas. Uma cifra um pouco menor correspondeu às crianças menores de 4 anos que morreram de causas evitáveis. Um morador de Alagoas vive em média quase 8 anos menos que quem vive em Santa Catarina (BRASIL, 2017). No Rio de Janeiro, quem nasc… Show more

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“…Se mesmo com vinculação de receitas o SUS era subfinanciado, como será, então, numa situação de um teto primário corrigido pela inflação e onde não há nenhuma vinculação setorial obrigatória? O desmonte do SUS é o termo mais recorrente na literatura que estuda o impacto dessa contrarreforma neoliberal 44,45 , salvo mudanças decorrentes do legítimo processo eleitoral.…”
Section: A Desterritorialização Da Atenção Básica à Saúde Do Susunclassified
“…Se mesmo com vinculação de receitas o SUS era subfinanciado, como será, então, numa situação de um teto primário corrigido pela inflação e onde não há nenhuma vinculação setorial obrigatória? O desmonte do SUS é o termo mais recorrente na literatura que estuda o impacto dessa contrarreforma neoliberal 44,45 , salvo mudanças decorrentes do legítimo processo eleitoral.…”
Section: A Desterritorialização Da Atenção Básica à Saúde Do Susunclassified
“…No tocante as discrepâncias entre os estados brasileiros, com destaque ao Maranhão com maior taxa de mortalidade, sabe-se que essa distribuição corrobora com outros estudos que correlacionam a distribuição dos recursos e dos procedimentos realizados, sendo o nordeste uma região com dificuldade no acesso à assistência cirúrgica por ter menos hospitais e cirurgiões, além de possuir uma população com dependência quase que unicamente do sistema de saúde pública(Alonso, Massenburg, Galli, Sobrado, & Birolini, 2017).Quanto à relação entre GINI e as internações, observa-se uma relação direta no que se refere a realização de procedimentos e as desigualdades sociais no país. Pela análise dos dados é possível inferir que, quanto maior a concentração de renda em uma população menor é o número de internações, o que corrobora com o encontrado na literatura, que há dificuldade de acesso à saúde visto que, apenas um quarto da população possui cobertura com plano de saúde privado, enquanto o restante da população utiliza-se do Sistema Único de Saúde(Noronha, Noronha, & Costa, 2017). Esse cenário é ainda mais aparente quando comparamos a zona rural com a zona urbana no que diz respeito a atenção à saúde, onde muitos locais não são assistidos, levando muitos enfermos se deslocarem para grandes centros somente quando há prejuízo nas atividades diárias ou necessidade de internação(Arruda, Maia, & Alves, 2018).…”
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