Os procedimentos cirúrgicos em otorrinolaringologia possuem uma alta demanda, sendo a maior parte dessas cirurgias concentradas na região sudeste. Além disso, estes procedimentos possuem uma alta taxa de cancelamentos e atrasos, ocasionando filas de espera, estes fatores ocasionam de diversas formas, um aumento da taxa de morbimortalidade desses indivíduos. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a taxa e internações e mortalidade cirúrgicas em serviços de otorrinolaringologia no Brasil, no período de 2011 a 2021. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e retrospectivo com dados do sistema de informações hospitalares do SUS sobre internações e taxa de mortalidade de procedimentos otorrinolaringológicos no período de março de 2011 a março de 2021. As variáveis principais, referem-se as internações, mortalidade, socioeconômicas e demográficas (GINI e IDH). Para a análise dos dados, com índice de significância de 95% (p<0,05), foi realizada a Correlação de Spearman por meio do programa IBM® SPSS® Statistics, e a tabulação foi feita utilizando o Microsoft Excel®. Sendo, o maior número de procedimentos ocorreu em São Paulo (806), a maior taxa de mortalidade foi registrada no estado do Maranhão (13,64), e verificou-se que existe uma correlação positiva moderada significativa entre as internações com o IDH e número de médicos, assim como uma correlação negativa moderada com o GINI, ou seja, quanto menor esse indicador, maior o número de internações. Portanto, o estudo suscita a necessidade de trabalhos futuros específico na temática das cirurgias otorrinolaringológicas, sobretudo na determinação dos fatores que levem a um aumento da morbimortalidade em cada tipo de procedimento.