Análise do índice de Anomalia de Chuva e Tendência de Precipitação para Estações Pluviométricas na Amazônia Central

Abstract

Resumo As mudanças climáticas são uma resposta da dinâmica do sistema Terra a fatores intrínsecos ou extrínsecos ao planeta. Importantes consequências dessa alteração climática são as ocorrências de secas ou do aumento na intensidade das chuvas em várias regiões do globo terrestre, que pode reduzir ou aumentar a disponibilidade de água no sistema. Para a Amazônia o cenário de severidade de secas pode se agravar, conforme sugerido por modelos climáticos. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é analisar a anomalia de chuva e a tendência de precipitação para o período de 1994 a 2017 em sete estações pluviométricas localizadas na Amazônia Central e relacioná-los aos eventos interanuais/ interdecadais. Para tal, utilizou-se o índice de Anomalia de Chuva (IAC) e o teste não paramétrico de Mann-Kendall. Os resultados sugerem que somente El Niños extremos, tais como os de 1997 e 2015, apresentaram redução na precipitação em todas as estações, enquanto o La Niña de 1999 foi o que apresentou os maiores aumentos, a partir dos IACs. Com relação ao teste de tendências de Mann-Kendall, somente na estação C apresentou uma tendência de aumento na precipitação, evidenciando a necessidade de maiores séries temporais de precipitação para análises mais concisas.

Interannual rainfall variability and soybean yields in Mata Roma municipality, Maranhão

“…As the Mata Roma microregion is located in the northern of Maranhão state and in the north of Northeast Brazil (NNEB), the most important systems that act on rainfall in this location are the ULCV, in the months of January and February, and the ITCZ , in March and April (Nascimento et al, 2015). However, large-scale events such as El Niño and La Niña can positively or negatively influence rainfall in a given region (Brito et al, 2022;Rodrigues et al, 2021). Studies carried out by Reboita and Santos (2015) identified that drought conditions intensify in the NNEB when under the influence of El Niño and the Atlantic Ocean, with warmer anomalies in the northern than in the southern areas, as observed for periods of -RAI (2003)(2004)(2005)(2006)(2007)(2008)(2009)(2010)(2011)(2012)(2013)(2014)(2015)(2016)(2017)(2018)(2019).…”

Índice de anomalia de chuva (IAC) e sua relação com os desastres naturais no leste da Amazônia

“…No Brasil, o estudo das secas é mais aprofundado para a região do Nordeste Brasileiro (Kucharski;Hastenrath, 2008;Moura;Shukla, 1981), sul-sudeste do brasil (Blain;Bruninni, 2007;Cavalcanti;Kousky, 2001;Sansigolo, 2004), sendo que as investigações científicas nessa temática especificamente para a Amazônia ainda são relativamente recentes. Exceção foram os estudos de caso dos eventos extremos de seca registrados em 1926 (Williams; Dall"antonia, 2005) e 2005 (Marengo et al, 2008) na amazônia.…”

Índice De Anomalia De Chuva E Sua Associação Ao El Niño-Oscilação Sul (Enos) Em Rio Branco (Ac), Brasil

“…Segundo Blain et al (2010), todos esses índices têm sido amplamente empregados nas últimas décadas com fins à avaliação temporal da ocorrência do fenômeno da seca, sistemas de monitoramento de secas extremas, previsão de produtividade das culturas, como também na realização de planejamento eficiente Índice de anomalia de chuva e sua associação ao El Niño-Oscilação Sul (ENOS) em Rio Branco (AC), Brasil Givanildo de (ALLEY, 1984;NKEMDIRIM;WEBER, 1999). Contudo, as anomalias e tendências das chuvas mensuradas pelos indicadores climáticos de índices de seca estão relacionadas com a temperatura dos oceanos, mudanças na cobertura do solo e atividades humanas na Amazônia (BRITO et al, 2022). A variabilidade da chuva pode ser compreendida por meio do índice de Anomalia de Chuvas (IAC), uma vez que é de fácil aplicabilidade e requer apenas dados pluviométricos (SILVA et al, 2017;SOUSA, 2020).…”

“…A distribuição das chuvas na AL apresenta uma grande variabilidade temporal e espacial associada a diferentes mecanismos e ao acoplamento do sistema oceano-atmosfera de grande escala (variabilidade climática dos oceanos Atlântico Tropical "gradiente do Atlântico" e Pacífico Tropical "ENOS"), de modo a interferir no transporte de umidade oriundas do Leste na estação chuvosa da região Norte (RAO et al, 2016;SANTOS et al, 2017). Excepcionalmente, os eventos de El Niño Oscilação Sul (ENOS) causam perturbações na atmosférica em escala global e regional (LIMBERGER;SILVA, 2016;BRITO et al, 2022), assim como alteram no transporte de umidade.…”