Do Comum Da Educação Ambiental À Educação Ambiental Do Comum

Abstract

RESUMO: A partir da noção de Michael Hardt e Antonio Negri de que o comum não é só terra compartilhada, mas linguagens criadas, práticas sociais estabelecidas, modos de sociabilidade e produção intelectual coletiva, esse texto busca tanto discutir a educação ambiental como um campo comunal de pesquisa e de militância na ecologia e na educação, quanto pensar o comum como espaço privilegiado de criação e exercício de perspectivas ecologistas em educação. O artigo é resultado parcial de uma pesquisa teórica e conceitual, e se divide em quatro partes. A primeira uma apresentação do conceito “noções comuns” em Spinoza e na leitura de alguns de seus comentadores; a segunda busca compreender a influência das “noções comuns” sobre a elaboração do conceito de comum na obra conjunta de Hardt e Negri, e o debate realizado sobre o mesmo na obra de Dardot e Laval. Na terceira parte intenciona-se pensar a criação, produção e disseminação da educação ambiental no Brasil como resultado das ações e pensamentos em comum dos educadores e militantes ecologistas. E na quarta parte, busca-se construir, a partir da proposta das Perspectivas Ecologistas em Educação, especialmente na obra de Reigota, algumas conexões conceituais para pensar nas educações ambientais como exercício político construído para o comum.

Educação Ambiental Na Amazônia Sul-Ocidental: Uma Análise Dos Planejamentos Didáticos E a Percepção Docentes Em Ciências Da Natureza

“…Para Barchi (2020) a EA é uma demanda de movimentos ecologistas e educacionais, englobando um campo de estudos com foco na compreensão das causas que culminam na problemática ambiental, seus impactos na vida individual, coletiva humana, vida não-humana e suas inter-relações, buscando alternativas opostas ao modelo capitalista de exploração dos recursos naturais, com consequências negativas a nível global e local.…”