“…Em Diamantina, por exemplo, cidade no norte de Minas Gerais, ao longo de toda a primeira década do século XX predominaram espetáculos cômicos de variedades, com marcante uso de magia, ilusionismo, ginástica e malabarismos (Oliveira, 2016). Registros sobre o teatro na cidade de São João del-Rei em meados da década de 1910 também dão notícias sobre o predomínio de repertórios cômicos (Sá, 2019;Guilarduci, 2019). Em Belo Horizonte, do mesmo modo, a crítica teatral especializada, que já existia na cidade por volta da década de 1920, também deu notícias do predomínio nos palcos da capital de "operetas" e "peças esfuziantes de humor", também chamadas criticamente de "gêneros menores", compatíveis com o "gosto das grandes massas" e explicitamente preocupadas em fazer rir, conforme diziam esses críticos, "uma verdadeira fábrica de gargalhadas" (Cury, 1998, passim).…”