Escolas pelo Brasil tiveram que se adaptar a um regime especial de aulas remotas a partir de março de 2020 devido à pandemia de Covid-19. A partir disso, este artigo relata pesquisa que objetivou, na perspectiva teórica da Teoria Histórico-cultural e do materialismo histórico-dialético, investigar o que alunos de escola pública revelam sobre o desenvolvimento do ensino remoto emergencial por meio de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação. A pesquisa foi realizada numa escola pública do Estado de Goiás, com alunos de 7º a 9º ano. Observou-se que aqueles que relatam mais benefícios no ensino remoto emergencial coincidem com aqueles que possuem melhores condições de acesso. Condições precárias de vida, acentuadas pelo desemprego, fome, dentre os problemas familiares, afetam: participação, aprendizagem e permanência de alunos na escola. Conclui-se que a educação pública no período pandêmico deixou prejuízos intensificados, de diversas ordens, para aqueles que, de alguma forma, já eram excluídos.