“…A paratradução tem como fundamentação a noção de paratexto. Se, para Genette (2009), o que conhecemos como livro só se caracteriza como tal pela presença de paratextos, ou seja, tudo aquilo que está ao redor do texto, sejam as orelhas, as capas, o índice, a apresentação, as notas de rodapé, entre outros elementos no próprio material textual (peritextos, «peri-», ao redor, que circunda), sejam quaisquer outros elementos em outros suportes (epitextos, «epi-», em cima de, movimento para), a paratradução é tudo aquilo que «introduz, apresenta, está ao redor, acompanha, envolve e amplia» a tradução (Garrido Vilariño, 2005;Yuste Frías, 2011, 2015. Em outras palavras, o que conhecemos como tradução, no mercado editorial, assim se caracteriza tão somente pela presença indispensável dos paratextos, espaços privilegiados para a mediação editorial, a mediação cultural e o estabelecimento de laços entre o texto e a pessoa que lê.…”