2014
DOI: 10.1590/0102-311xco04s114
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Reduzindo intervenções de rotina  durante o trabalho de parto e  parto: primeiro, não causar dano

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“…Dessa forma, a mulher se vê numa situação de desafio, a qual exige grande empenho e posturas mais resistentes para garantir respeito a sua decisão. Estudos realizados com gestantes e puérperas em várias regiões do Brasil (7,11) apontam que um dos maiores temores das mulheres em relação ao parto é falta de informação sobre o momento certo do início do trabalho de parto e o momento adequado para se dirigir à maternidade e essas informações acabam sendo transmitidas de modo sucinto pelos profissionais, imprimindo dúvidas e levando as mulheres a buscarem esse conhecimento com outras mulheres (multíparas), que nem sempre transmitem histórias de sucesso e podem ser carregadas de mitos e informações divergentes. Dessa forma, a parturiente não tem informações corretas sobre como assumir a autonomia do parto, nem participar ativamente deste processo.…”
Section: Discussionunclassified
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“…Dessa forma, a mulher se vê numa situação de desafio, a qual exige grande empenho e posturas mais resistentes para garantir respeito a sua decisão. Estudos realizados com gestantes e puérperas em várias regiões do Brasil (7,11) apontam que um dos maiores temores das mulheres em relação ao parto é falta de informação sobre o momento certo do início do trabalho de parto e o momento adequado para se dirigir à maternidade e essas informações acabam sendo transmitidas de modo sucinto pelos profissionais, imprimindo dúvidas e levando as mulheres a buscarem esse conhecimento com outras mulheres (multíparas), que nem sempre transmitem histórias de sucesso e podem ser carregadas de mitos e informações divergentes. Dessa forma, a parturiente não tem informações corretas sobre como assumir a autonomia do parto, nem participar ativamente deste processo.…”
Section: Discussionunclassified
“…Já na categoria "sistema", os fatores que facilitam a escolha do parto natural são representados por grupos de apoio que tomam a iniciativa de proporcionar a difusão de conhecimento para as mulheres ou que trazem inovações (equipamento Epi-no, por exemplo). Embora a relação médico-paciente seja um espaço propício ao diálogo, nota-se que existe certa relação hierárquica de poder (7,9,10) , baseada no distanciamento entre o saber acadêmico e o paciente, o que demonstra que pode haver influência sobre a mulher na escolha pelo tipo de parto, na condução e no tipo do atendimento. Por isso essas mulheres, informadas e encorajadas, buscaram uma ação em forma de recusa a aceitar a condição de mero objeto de uma predeterminação, neste caso, de um modelo intervencionista sobre o parto.…”
Section: Discussionunclassified
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“…O conceito de normalidade no parto não apresenta um padrão uniforme. A partir da crença de que o parto só pode ser considerado normal após ter ocorrido, há uma tendência a tratar todos os partos com o mesmo nível de intervenção necessária apenas em casos complicados (WHO, 1996;Downe, 2014). Dessa forma, considerando a condição de risco da gestação e o curso do trabalho de parto e parto, a Organização Mundial da Saúde (1996) Cerca de 70% a 80% de todas as gestantes são consideradas como baixo risco no início do trabalho de parto, portanto, "o objetivo do cuidado é alcançar uma mãe e bebê saudáveis com o mínimo possível de intervenção que seja compatível com a segurança.…”
Section: Trauma Perineal: Uma Sinopseunclassified
“…Frequentemente, as mulheres têm suas vontades e pedidos ignorados e, não raro, vivenciam situações de abuso, desrespeito, maltrato e/ou negligência, que incluem: violência física, humilhação e abusos verbais, procedimentos médicos coercivos ou não consentidos e recusas de internação, de administração de medicamento, de movimentação e de escolha de posição no trabalho de parto e parto, entre outros (d'Oliveira et al, 2002; Fundação Perseu Abramo, 2010; WHO, 2014).Na prática obstétrica, nota-se que as recomendações da OMS de incentivo às boas práticas de atenção ao parto são desrespeitadas ou negadas, enquanto procedimentos reconhecidamente danosos e/ou pouco efetivos continuam sendo utilizados rotineiramente. Neste contexto, de forma a representar a violação do direito à integridade corporal e a reforçar a ideia de dependência e inabilidade das mulheres em parir, estão a episiotomia e a cesariana eletiva(Diniz e d'Oliveira, 1998;Downe, 2014; WHO, 2014). As elevadas taxas de episiotomia, a despeito de toda a evidência científica acumulada, são consideradas representações do poder médico de desconstruir e reconstruir a vagina, conforme suas crenças culturais e sistema de valores(Davis-Floyd, 2003).…”
unclassified